A constante escalada do dólar frente ao real vem dificultando a comercialização do trigo no Brasil. Os derivados já apresentam altas entre 15% e 20% em comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo o analista de Safras & Mercado, Jonathan Pinheiro, a tendência ainda é de alta, pelo menos até o ingresso da nova sofra.
Algumas regiões do país já iniciaram os trabalhos de plantio. A próxima safra pode contar com crescimento em virtude dos preços mais atrativos, além da quebra no ano passado.
Paraná
Um relatório do dia 20 de abril informa que a semeadura de trigo chegava a 2% na área de abrangência da Cooperativa Coopavel, que atua em 17 municípios do Paraná. Conforme fonte da cooperativa em entrevista à Agencia Safras, a área a ser semeada está estimada em 99,5 mil hectares, ante os 96 mil hectares, aproximadamente, na temporada passada.
Argentina
A safra no país vizinho deve atingir 20,2 milhões de toneladas de trigo em 2020/21. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), na temporada anterior, foram 19,3 milhões de toneladas.
As exportações da Argentina devem totalizar 13,4 milhões de toneladas de trigo. Estima-se para o consumo interno uma projeção de 6,2 milhões de toneladas. Os estoques finais do país devem ficar em 2,045 milhões de toneladas ao final da safra 20/21.