Durante o ano de 2021, o dólar foi influenciado pelo cenário econômico brasileiro e mundial, resultando em maiores taxas de juros e inflação. Ainda no primeiro pregão do ano, a moeda norte-americana atingiu a marca de R$ 5,26 e, ao longo de 2021, seguiu registrando altas consecutivas, tanto que nas últimas semanas se manteve na faixa de R$ 5,60.
A prévia da inflação que fechou o ano em 10,42% também impactou as cotações. Outro motivo para as oscilações do preço do dólar foi o surgimento da variante Ômicron do coronavírus, que vem registrando altos números de contaminações em diversos países e já acendeu um alerta no mundo.
O peso do câmbio
Conforme o comentarista Miguel Daoud ao jornal Mercado & Companhia, “como o Brasil tem uma dependência muito grande do dólar, uma alteração no câmbio acaba influenciando muito a nossa economia”.
“Quando você tem essa moeda fora do lugar por processos políticos e interferências outras, você acaba desconectando a realidade econômica do país em relação às outras economias e gerando inflação, juros altos e custos maiores, o que reduz a atividade econômica”, analisa.
Influência política
Para 2022, o especialista projeta que haverá volatilidade no valor do dólar por conta do processo político e influência do mercado externo, condições que podem trazer aumento de juros e menos liquidez.
“A boa notícia é que todo esse cenário que levou o dólar a esse patamar deve se acalmar a partir de outubro, com a definição das eleições brasileiras”, estima Daoud.