O governo argentino suspendeu as exportações de milho do país. Segundo o governo, a decisão se baseia na necessidade de assegurar o abastecimento do grão no mercado interno, principalmente para manter a produção de proteína animal. Segundo o analista da consultoria Safras & Mercado, Paulo Molinari, a medida acaba deixando o Brasil com poucas opções de compra.
“Se por acaso os preços internos começarem a subir e se tivermos que importar para controlar os preços internos, só teremos os Estados Unidos para suprir essa demanda. Além disso, como a safrinha só entra no Brasil a partir de junho, e alguns estados, especialmente da região Sul, podem ter que buscar alguma importação e não poderão contar com o cereal argentino”, pondera.
Ainda segundo o analista, o mercado foi pego de surpresa com a decisão do governo argentino que viu as exportações de milho crescer e chegar a marca de 36 milhões de toneladas. Isso pode ser uma medida para forçar o produtor a vender os seus estoques e ajudar a controlar o preço. Por outro lado, essa é uma medida que pode tornar os preços do milho mais especulativos”, ressalta.