Diversos

Aprosoja quer R$ 3 bi do Plano Safra para construção de armazéns

Para o presidente da entidade, Antonio Galvan, os recursos deveriam ser destinados para o Programa de Construção e Ampliação de Armazéns

A Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) está propondo o direcionamento de R$ 3 bilhões do Plano Safra 2021/2022, que se inicia no dia 1º de julho, ao Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA). A sugestão foi apresentada pela entidade durante audiência pública promovida nesta quarta-feira, 2, pela Comissão de Agricultura da Câmara Federal que discutiu propostas para alocação de recursos do crédito oficial destinados à próxima safra.

Em videoconferência que reuniu entidades do agro, parlamentares e órgãos o governo, o presidente da Aprosoja Brasil, Antonio Galvan, sugeriu a destinação de 50% do volume de recursos do programa para armazéns com capacidade até 1.000 toneladas ou para a construção de condomínios.

Pela proposta apresentada pela Aprosoja Brasil, a aplicação de recursos em armazenagem retornaria aos patamares da Safra 2013/2014, quando foram destinados R$ 3,2 bi ao PCA.

“A armazenagem é crucial, mais importante até do que o custeio agrícola. Logística de armazenagem é um dos principais itens para garantir a estocagem daquela safra, que todo ano acontece. Também é viável produzir um armazém para quem produz em cerca de 300 hectares ou pequenos armazéns em sistema de condomínio”, justificou o presidente da entidade.

Antonio Galvan argumenta ainda que os investimentos em armazéns vão trazer outros benefícios, como a redução no custo do frete e uma melhor trafegabilidade das rodovias em tempos de colheita.

“Muitas vezes a propriedade está localizada a 100 km do armazém, quando poderia ter um local para guardar a produção dentro da fazenda ou mais próximo da propriedade. Se tivermos armazenagem nas propriedades, poderemos tirar a safra num período melhor, ganhado inclusive com a redução no custo dos fretes e poupando as estradas tirando a safra no período seco”, esclareceu.

Atualmente, o país tem capacidade de armazenagem de cerca de 60% da sua produção. Em Mato Grosso e nos estados do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), este percentual chega próximo de 50%.

“Esta é uma demanda de todas as Aprosojas estaduais e vem sendo encampada principalmente pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso”, finalizou Galvan.