A área agrícola segurada no país alcançou o recorde de 13,7 milhões de hectares em 2020, um aumento de aproximadamente 98% em relação ao ano passado, representando aproximadamente 20% da área total agrícola. As operações de pecuária tiveram um crescimento de 400%. Para o café, as operações de seguro cresceram 217% e a cana-de-açúcar, 42%.
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Segundo o diretor do departamento de gestão de riscos do ministério da Agricultura (Mapa), Pedro Loyola, o ano foi de virada para o seguro agrícola “Nós conseguimos dobrar a área de seguro rural, que em anos anteriores não passava de 10% de área com cobertura. Com os bons resultados de 2020, temos a expectativa de ampliar em 20% os resultados deste ano”, projeta.
O dirigente fala dos recursos disponibilizados para o seguro rural, que possibilitaram ampliar a área de proteção das lavouras de café, por exemplo. No passado, o número de apólices para a cultura que era de 3 mil chegou a 8 mil neste ano.
Apesar do crescimento da área agrícola segurada, Loyola diz que o produtor ainda é reticente quando o assunto é contratação do serviço. “Não é apenas no Brasil, mas no mundo todo esse receio. O produtor deve entende que o seguro é como uma poupança. Quem tem sua lavoura protegida não vai precisar renegociar dívidas, não terá que vender algum patrimônio ou abrir mão do seu capital de giro. O seguro rural ele tem um custo-benefício excelente ao produtor”, ressalta.
Segundo dados do dirigente do Mapa, em 2020, até outubro foi pago pelas seguradoras R$ 2 bilhões em indenização aos agricultores. Desse total, metade foi para os produtores de grãos no Rio Grande do Sul, que enfrentaram problemas com a estiagem durante este ano.