O mercado físico de boi gordo registrou mais altos nas principais praças de comercialização e produção do país nesta sexta-feira, 11. Segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os preços estão mais altos em grande parte da região Centro-Oeste, enquanto em São Paulo os valores aparentam ter alcançado um ponto de sustentação, pois os frigoríficos locais desfrutam de uma posição mais confortável em suas escalas de abate. “No entanto ainda não foram constatadas negociações abaixo da referência média”, diz Iglesias.
Em relação a demanda destinada à exportação, crescem as incertezas em torno da atuação da China no mercado, avaliando as notícias em torno da recomposição do plantio, somado a atual curva de preços para a suinocultura local. Os preços estão no menor patamar desde 2019, sinal de que são evidenciados avanços do volume ofertado. “O Brasil é muito dependente em relação à China em suas exportações de carne bovina, logo mudanças de dinâmica tendem a provocar grande impacto no mercado local”, assinala o analista.
Com isso, em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 318, na modalidade à prazo, estável. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 305, ante R$ 302. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 310, ante R$ 309. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 309, ante R$ 308. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 312 a arroba, contra R$ 310.
Atacado
Já no mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram estáveis. Conforme Iglesias, a tendência de curto prazo ainda remete a reajuste dos preços no curto prazo, em linha com a boa reposição entre atacado e varejo no decorrer da primeira quinzena do mês, período que conta com maior apelo ao consumo. “Importante destacar que a carne de frango ainda conta com a predileção do consumidor médio, algo natural dada as situações macroeconômica”, disse Iglesias.
Com isso, o corte traseiro teve preço de R$ 20,75 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 17,50 o quilo, assim como a ponta de agulha.