- Boi: arroba chega a R$ 318 em São Paulo
- Milho: saca tem acomodação após recordes
- Soja: expectativa com USDA pressiona cotações e Chicago tem quarta queda seguida
- Café: forte baixa em Nova York impacta mercado brasileiro
- No exterior: bolsas operam indefinidas na espera de pacote de investimentos de Biden
- No Brasil: dólar cai e bolsa sobe com Caged e reforma ministerial
Agenda:
- Brasil: fluxo cambial semanal (Banco Central)
- EUA: intenção de plantio em 2021 (USDA)
- EUA: estoques trimestrais em 1º de março (USDA)
Boi: arroba chega a R$ 318 em São Paulo
A arroba do boi gordo subiu de R$ 317 para R$ 318 em São Paulo, aponta a consultoria Safras & Mercado. Segundo análise, além do cenário de oferta restrita, o dólar valorizado tem pressionado os preços, pois motiva os frigoríficos a serem mais agressivos nas compras mirando as vendas ao mercado externo.
No mercado futuro, os contratos do boi gordo negociados na B3 tiveram valorização e a grande maioria dos vencimentos bateu recorde de fechamento. O vencimento para março passou de R$ 314,05 para R$ 316,35, o para abril foi de R$ 313,80 para R$ 315,80 e o para maio, de R$ 305,40 para R$ 307,85 por arroba.
Milho: saca tem acomodação após recordes
Após subir por quatro dias consecutivos e renovar o recorde histórico, a saca do milho negociada em Campinas (SP) teve acomodação. O indicador do milho do Cepea recuou 0,19% em relação ao dia anterior e passou de R$ 94,40 para R$ 94,22 por saca.
Na B3, a queda foi um pouco maior. O vencimento para maio passou de R$ 94,59 para R$ 94,16 e o para julho foi de R$ 89,68 para R$ 89,18 por saca.
Em Chicago, os preços tiveram o segundo dia de baixas com o mercado se preparando para o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) sobre a intenção de plantio. O contrato com vencimento para maio caiu 1,35% e passou de US$ 5,466 para US$ 5,392 por bushel.
Soja: expectativa com USDA pressiona preços e Chicago tem quarta queda seguida
Os preços da soja negociada em Chicago tiveram o quarto dia consecutivo de baixas com o mercado se posicionando para o relatório do USDA que será divulgado nesta quarta-feira, 31. O contrato com vencimento para maio caiu 1,35% e passou de US$ 5,466 para US$ 5,392 por bushel. Foi a primeira vez desde setembro que as cotações tiveram uma sequência negativa de quatro pregões.
No mercado brasileiro, as cotações também cederam em virtude da perda de força do dólar. O câmbio nos últimos dias estava compensando a queda no exterior. O indicador da soja do Cepea para o porto de Paranaguá (PR) caiu 0,6% em relação ao dia anterior e passou de R$ 172,68 para R$ 171,64 por saca.
- Dólar elevado dá suporte para novas altas do boi gordo
- Recuperação da demanda por etanol pode impulsionar preços do milho nos EUA
Café: queda forte em Nova York impacta mercado brasileiro
O contrato do café arábica com vencimento para maio negociado na Bolsa de Nova York, o mais líquido no momento, teve baixa de 3,5% e passou de US$ 1,2705 para US$ 1,226 por libra-peso. Foi o menor valor da cotação na série histórica do primeiro futuro desde o dia 12 de janeiro. A queda global das commodities impactou negativamente o preço do café.
No mercado brasileiro, com o dólar operando em queda em praticamente todo o pregão, os preços também tiveram baixa expressiva. O indicador do café arábica do Cepea recuou 2,42% em relação ao dia anterior e passou de R$ 727,77 para R$ 710,15 por saca.
No exterior: bolsas operam indefinidas na espera de pacote de investimentos de Biden
As bolsas globais abrem esta quarta-feira, 31, operando sem direção definida e rondando a estabilidade com o mercado na espera de mais dados sobre o pacote de investimentos em infraestrutura da gestão Joe Biden nos Estados Unidos. Algumas agências norte-americanas especulam que o pacote pode chegar a mais de US$ 3 trilhões.
A pressão por mais gastos segue tendo impacto positivo nas taxas futuras de juros dos títulos do Tesouro norte-americano. O título com vencimento em dez anos chegou a romper a máxima de mais de 1 ano ontem ao bater 1,77%. Uma recuperação mais rápida da economia pode acelerar a inflação nos EUA e os investidores tentam se antecipar a esse movimento investindo no mercado de juros.
No Brasil: dólar cai e bolsa sobe com Caged e reforma ministerial
O dólar caiu 0,08%, passando de R$ 5,7663 para R$ 5,7619, e o Ibovespa subiu 1,24% a 116.849 pontos. Foi a quarta sessão de alta do principal índice de ações brasileiro. A melhora dos indicadores foi principalmente causada por motivos domésticos, seja pelo bom resultado do Caged e pela diminuição da incerteza em relação à reforma ministerial, que prejudicou o câmbio na segunda-feira, 29.
O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostrou uma criação de 401.639 empregos com carteira assinada em fevereiro. O resultado ficou bem acima das projeções de mercado, que estimavam criação de 250 mil vagas em média. Segundo o Ministério da Economia, este foi o melhor resultado para um mês de fevereiro de toda a série histórica, que teve início em 1992.