O mercado do boi gordo começa a dar indícios de retomada de firmeza. A queda gradual na oferta de boiadas terminadas dá sustentação a esse cenário.
Entretanto, a intensidade desta melhora depende de como a demanda se comportará. Até agora, 2017 tem sido um ano com consumo enfraquecido, mesmo na primeira quinzena do mês, época em que sazonalmente há um maior escoamento.
De acordo com a Scot Consultoria, a menor disponibilidade de animais terminados já é uma realidade e, se esse fator já não resulta em valorização, no mínimo limita a queda de preço no mercado.
Para o curto prazo fica a expectativa de como a demanda irá se comportar – a combinação de pagamento dos salários e menor oferta de boiadas podem mudar o rumo do mercado.
Até agora, o ano não apresentou sinais de melhora quanto à demanda por carne bovina, ao contrário, em média, no atacado, os cortes da carne sem osso estão sendo vendidos em valores 0,5% menores que em igual período do ano passado.
Já são sete semanas seguidas de recuo nos preços. Na média de todos os cortes pesquisados pela Scot Consultoria, a queda semanal foi de 1,6%.
Nos últimos 30 dias o recuo chega a 3,4%. No período, os cortes do traseiro apresentaram queda 3,3% e os cortes do dianteiro têm desvalorização de 3,6%.
Por outro lado, a pressão de baixa no mercado do boi gordo parece ter perdido forças nos últimos dias. Entretanto, as margens de comercialização dos frigoríficos que fazem a desossa continuam em patamares historicamente favoráveis.
Atualmente elas estão em 35,4%, são quase 10 pontos percentuais acima da média histórica.
Em curto prazo, fica a expectativa quanto à melhora no consumo com a entrada da primeira quinzena do mês.