Nos locais de confinamento, a quantidade de bois está abaixo do normal para esta época do ano. Em 2015, choveu um pouco mais tarde que o normal. Em função disso, o pasto ainda está verde e os pecuaristas deixaram animais soltos por mais tempo. Essa mudança impacta diretamente no preço da carne. Muitos pecuaristas seguraram o abate e começaram a oferecer o boi com mais intensidade na segunda semana de maior. O resultado é o valor da arroba, que foi de R$ 151,00 para R$ 149,00 na última semana.
– Nessa semana, a gente viu o mercado ofertar um pouco mais de animais. Acredito que dura mais um mês essa variação, com tendência de preço até um pouco abaixo do que vinha acontecendo – pontua o pecuarista Renato Sebastiani.
Apesar da leve queda, a tendendência geral é de que essa baixa seja temporária no mercado brasileiro e os preços voltem a subir na primeira quinzena de julho. Os efeitos da crise econômica não devem afetar o preço do boi, que está acima dos anos anteriores. A cotação ainda deve subir e ficar entre R$ 155,00 e R$ 160,00 a partir de agosto.
Analistas apontam as exportações como fatores para a alta futura. A previsão é de que ocorra recuperação da quantidade de carne brasileira enviada ao exterior no segundo semestre porque a oferta de carne está menor enquanto a demanda se mantém.
– Aí a gente começa a entrar no pico de entressafra no Brasi, onde decididamente haverá uma oferta muito mais ajustada de animal de pasto e o mercado dependerá cada vez mais da presença de oferta de animais de confindamento – explica o analista de mercado da Informa Economics Aedson Pereira.
A queda não foi tão severa porque o mercado ainda passa por um efeito de gargalo estrutural que só pode ser minimizado através de investimento e ganho de produtividade quando não há grandes possibilidades de aumento de oferta.
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