Negociações bilaterais com outros países têm ampliado o leque de novos mercados para os produtos agropecuários brasileiros. Os acordos conduzidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) levam em consideração parâmetros de sanidade e resultaram na marca de 150 mercados abertos em 43 países, desde janeiro de 2019.
A abertura mais recente, deste mês, foi de pescados brasileiros para o México. Em julho, houve a formalização de quatro novas possibilidades de acesso: sêmen de búfalos para a Turquia, sementes de melão para a Nicarágua, de café arábica para o Equador e de coco para a Costa Rica.
O trabalho realizado pelo Mapa permite a diversificação de possibilidades de exportação para os produtores brasileiros, com o propósito de reduzir a concentração da pauta exportadora tanto em produtos quanto em destinos.
O Mapa destaca, em nota à imprensa, que aberturas de mercados são resultado de negociações bilaterais que culminam no acordo dos parâmetros de sanidade a serem atestados e do certificado correspondente — sanitário, fitossanitário ou veterinário — que passará a ser aceito pelo país importador nos pontos de entrada da mercadoria.
Do total dos 150 novos mercados, 74 são nas Américas, 57 na Ásia, 18 na África e um na Oceania. A abertura, no entanto, não significa a ampliação imediata do comércio. É preciso, ainda, um trabalho de preparação do produtor e do exportador para atender às demandas de cada um desses novos clientes, além do desenvolvimento de atividades de promoção comercial e de divulgação.
Exportações de 2021
De janeiro a junho deste ano, as exportações brasileiras do agronegócio somaram US$ 61,5 bilhões, o que representou um crescimento de 20,8% em relação ao exportado no mesmo período em 2020. Trata-se de montante recorde para o primeiro semestre em termos de exportações do setor, uma vez que o maior valor já registrado para o período até então havia sido em 2020 (US$ 50,9 bilhões).
O agronegócio representou 45,3% das exportações totais brasileiras no primeiro semestre de 2021.
As importações do agronegócio, por sua vez, alcançaram a cifra de US$ 7,5 bilhões no semestre, ou seja, 20,2% acima dos US$ 6,2 bilhões registrados no mesmo período do ano anterior. O saldo da balança comercial do setor foi de US$ 54 bilhões, o que compensou o déficit de US$ 17,3 bilhões dos demais setores.