A mineira SWZ Máquinas, com sede em São Sebastião do Paraíso, no sul de Minas, estima que somente nesses primeiros meses de 2015, as vendas são 30% menores do que no mesmo período do ano passado.
– Perto de 70% das nossas vendas são atreladas às linhas de financiamento ao produtor, como o Finame, o Moderfrota, o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), entre outros. No momento, a liberação de novos créditos está praticamente paralisada – afirma o coordenador de vendas da companhia, Antonio Marcos.
Ele explica que as vendas de 2015 começaram em ritmo normal, mas travaram depois dos ajustes fiscais que estão sendo anunciados pelo governo federal. A empresa participa da Feira de Máquinas, Implementos e Insumos Agrícolas (Femagri), organizado pela Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé), também no sul de Minas.
– Tentamos reverter esse desempenho ruim, já que é permitido que a moeda de troca seja sacas de café – disse.
Marcos quer atingir somente na feira a marca de R$ 2 milhões em negócios, o equivalente a quatro mil sacas de café, considerando a cotação de R$ 500 a saca de 60 quilos.
– Se as linhas de financiamento voltarem ao normal no curto prazo, podemos vender 400 máquinas neste ano – disse.
Em 2014, considerado um ano bom para o executivo, a SWZ comercializou 300 máquinas.
– Mesmo com um ano difícil, venderemos mais do que 2014 por conta de uma atuação maior e da publicidade ‘boca a boca’ dos clientes, que nos ajuda muito – disse.