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Caminhoneiros argentinos bloqueiam terminal de exportação em apoio a colegas brasileiros

Caminhoneiros do Brasil se mobilizaram em protesto contra exigência da Argentina de apresentação de teste negativo para Covid-19 a transportadores internacionais

A Receita Federal de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, informou na tarde desta quinta-feira, 22, que 150 caminhões com cargas para exportação estão parados dentro do porto, junto à fronteira com a cidade argentina de Paso de Los Libres.

Os caminhoneiros argentinos bloquearam a saída e entrada do Complexo Terminal de Cargas (Cotecar), em apoio à mobilização de caminhoneiros brasileiros que pedem que a Argentina deixe de exigir o teste RT-PCR negativo para a Covid-19 a transportadores internacionais. Os caminhoneiros argentinos querem também a antecipação da vacinação para a categoria.

Foto: Receita Federal

Com receio da disseminação da variante brasileira da Covid-19, os governos da Argentina e do Chile determinaram que caminhoneiros que levem cargas apresentem teste com resultado negativo para entrar nos dois territórios. A exigência gerou críticas de transportadores por possíveis impactos no comércio.

As regras foram baixadas em 5 de abril no Chile. Na Argentina, a norma passou a valer no dia 14. Em ambos os casos, valem para caminhoneiros oriundos de qualquer país, não só do Brasil.

Foto: Receita Federal

Ontem, a ponte que liga Uruguaiana a Paso de Los Libres  ficou bloqueada por seis horas, por decisão do governo da Argentina. O impasse começou após a exigência, pelo governo argentino, do resultado do exame RT-PCR negativo com até 72 horas de antecedência para ingresso no país.

Foto de Paulo Dutra, presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos e Bens de Uruguaiana (Sindicam), feita em Paso de Los Libres, Argentina

Os caminhoneiros brasileiros, que estão parados na aduana de Uruguaiana, pedem um procedimento padrão na fronteira. Ou seja, que o governo brasileiro também exija o exame para os transportadores internacionais ou que a Argentina e o Chile deixem de pedir o exame.

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Foto: Receita Federal