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Análises apontam contaminantes em cervejas da Backer produzidas desde janeiro de 2019

A empresa permanecerá interditada até que cumpra todas as exigências do Ministério da Agricultura

backer cervejas
Foto: Ministério da Agricultura

Análises do Ministério da Agricultura indicam a presença dos contaminantes dietilenoglicol e etilenoglicol em cervejas produzidas pela marca Backer desde janeiro de 2019, conforme relatórios de produção disponibilizados pela empresa. Após a validação do método quantitativo, que permite determinar a quantidade de contaminantes, o Mapa fez a análise de mais de 700 amostras de produtos e insumos coletados na cervejaria Backer e no comércio, visando apurar a contaminação.

Até o momento os rótulos de cervejas contaminadas detectadas pelo método quantitativo são: Belorizontina, Capitão Senra, Backer Pilsen Export, Corleone, Capixaba, Três Lobos Pilsen, Layback D2 e Bravo.

A empresa também solicitou a reabertura e a liberação de seu parque fabril. O pedido será atendido somente após a cervejaria cumprir as exigências feitas pelo ministério e ser capaz de garantir a segurança da produção futura.

Análises

No início das apurações, a pasta trabalhou com o método qualitativo para detectar a presença dos contaminantes e assim mitigar os riscos à saúde dos consumidores. Após validação do método quantitativo pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA) de Minas Gerais, as análises passaram a fornecer a quantidade dos contaminantes nas amostras, o que resultou em uma diferença entre alguns resultados obtidos com o método qualitativo.

Apesar da diferença em alguns lotes, o Ministério da Agricultura ressalta que todos os lotes divulgados com presença dos contaminantes estavam desconformes, mesmo não sendo possível a identificação da quantidade específica presente no produto. “O método qualitativo, apesar de não ser capaz de fornecer informações quanto à quantidade dos contaminantes nas amostras, apresenta maior sensibilidade à presença desses contaminantes, e desta forma identifica-os em níveis inferiores aos detectados pelo método quantitativo”, explica o coordenador-geral de Vinhos e Bebidas da Secretaria de Defesa Agropecuária, Carlos Muller.

A empresa está sendo comunicada dos resultados desconformes das análises quantitativas de seus produtos, e conforme procedimento previsto no Decreto 6.871/2009, poderá requisitar contraprova caso queira contestar os resultados das análises fiscais.

Durante o processo de apuração de contaminação, a cervejaria Backer foi autuada pelo descumprimento de intimações que solicitavam informações essenciais à apuração do caso e determinavam o recolhimento de produtos suspeitos de contaminação no mercado. Como a empresa não cumpriu as intimações em tempo hábil, foi autuada e poderá apresentar defesa às infrações impostas no processo administrativo competente.

O ministério continuará as apurações da contaminação nas bebidas da cervejaria, atendendo missão da Defesa Agropecuária de garantir a qualidade e inocuidade dos produtos agropecuários.