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China abre mercado para lácteos brasileiros, diz Tereza Cristina

Ministra disse que este mercado era um antigo sonho do Brasil, podendo melhorar o preço pago aos produtores 

Leite em pó
Foto: Prefeitura Municipal de Aceguá-RS

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, informou nesta terça-feira, dia 23,  que a China abriu mercado para os produtos lácteos brasileiros. Os chineses habilitaram 24 estabelecimentos brasileiros para exportação de produtos como leite em pó e queijos, informa a ministra. 

Ela destacou que a abertura do mercado vai impulsionar a cadeia produtiva do leite. “Acho que é uma notícia excepcional para o setor leiteiro que passa por um momento muito difícil, sem esperança”, informou por meio de nota. Atualmente, há 1,2 milhão de pequenos produtores de leite no Brasil. “Fiquei muito feliz e gostaria de passar essa boa notícia para os produtores brasileiros, que estão vivendo um momento difícil, acabaram de perder R$ 0,30 no litro de leite, e agora vão poder ter a perspectiva.É claro que não é para amanhã, mas é uma abertura excelente para o Brasil.”

Tereza Cristina destacou que “o Brasil sempre quis ter acesso ao mercado chinês, para poder tirar o produto do Brasil, melhorando inclusive o preço dos produtores brasileiros”. Conforme o ministério, a certificação estava acordada com a China desde 2007, mas não havia nenhuma planta brasileira habilitada a exportar.

Na viagem que fez ao país asiático em maio, o assunto foi uma das prioridades da ministra. “O Brasil é um grande produtor e a China é a o maior importador do mundo. O Brasil produz 600 mil toneladas de leite, mas a China importa 800 mil toneladas, 200 mil toneladas a mais do que produzimos”. Antes, em abril deste ano, o ministério havia encaminhado uma lista de 24 estabelecimentos ao país asiático. Entre os produtos que poderão ser exportados estão não fluídos, como leite em pó, queijos e leite condensado. “Queijos brasileiros poderão ser exportados e, com isso, regulamentar o mercado de leite brasileiro”, ressaltou Tereza Cristina. 

Com a habilitação dos estabelecimentos, a expectativa é o setor exportar US$ 4,5 milhões em queijos, estima a Viva Lácteos (associação que representa a indústria de lácteos). Em 2018, os chineses importaram 108 mil toneladas em queijos. A importação do produto tem crescido a uma taxa média anual de 13% nos últimos cinco anos. As exportações brasileiras de queijos cresceram 65,2% nos últimos três anos. Antes da abertura do mercado chinês, o setor já vinha investindo no ingresso dos produtos na China, por meio da participação em feiras. 

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