A China indicou que a primeira fase do acordo comercial com os Estados Unidos ainda precisa ser feita, apesar da aprovação do presidente norte-americano, Donald Trump. Isso acentuou a
imprevisibilidade do processo de negociação que impactou mercados e negócios globais.
Supostamente, Donald Trump teria aprovado nesta quinta-feira, 12, a primeira fase do acordo comercial que reduzirá as já existentes tarifas sobre importações chinesas e eliminar novas taxas programadas para entrar em vigor no próximo domingo, 15, em troca de uma promessa da China de comprar dezenas de bilhões de dólares em produtos agrícolas dos Estados Unidos, entre outras concessões.
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Nenhuma das mídias estatais da China ou agências econômicas envolvidas nas negociações fizeram pronunciamento sobre o acordo sancionado por Trump. Em uma entrevista coletiva, a ministra de Relações Exteriores da China, Hua Chunying, referiu-se apenas a como as notícias do acordo ajudaram a alimentar um aumento nas ações dos Estados Unidos e da Europa. Hua não confirmou a existência de um acordo.
Em vez disso, ela seguiu a linha de que a China manteve o posicionamento de quase dois anos da guerra comercial com o governo Trump. “Qualquer acordo deve ser mutualmente benéfico”.
Garantir o que os líderes descreveram como um acordo “equilibrado” tem sido uma prioridade para os negociadores chineses durante todo o processo. A China abandonou um acordo quase concluído no início de maio porque o governo achava que o texto era muito desigual e beneficiava mais os Estados Unidos.
“O lado americano frequentemente reclama que a China não cumpre suas promessas”, disse uma autoridade chinesa envolvida na elaboração de políticas econômicas. “Bem, nem sempre confiamos neles também.”