A China relatou nesta terça-feira (9) à Organização Mundial de Saúde Animal um novo surto de peste suína africana. A doença teria afetado 1.063 animais em uma fazenda na ilha de Hainan, no sul do país. A doença chegou ao país asiático em 2018 e contaminou mais de 50% do seu rebanho.
Aqui no Brasil, no mês passado, mais de 120 suínos foram abatidos no interior do Ceará, depois do surgimento de um foco de peste suína clássica. A doença já tinha sido registrada alguns dias antes também no Piauí. Em setembro, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) lançou uma campanha de prevenção contra a peste suína africana depois do aparecimento de focos na Costa Rica e no Haiti.
O comentarista do Canal Rural Benedito Rosa explica que a peste suína clássica e a africana são causadas por vírus de famílias diferentes, sendo os sintomas parecidos. No entanto, a peste suína africana tem uma taxa de mortalidade que pode chegar a 100%. “Nós sofremos no Brasil com a clássica, que já está endêmica no Nordeste e Roraima, mas as demais regiões do país são reconhecidas internacionalmente como livres, mas temos que conter esse vírus lá no Nordeste e liquidá-lo”, afirma.
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Se o vírus da peste suína africana chegar ao Brasil, Rosa estima que o país teria um prejuízo de US$ 5 bilhões no primeiro ano. “Por isso o Canal Rural se junta às iniciativas do Ministério da Agricultura de conscientização e cuidados para implantação do programa estratégico do ministério, para viajantes de todos os países”, complementa.