A China anunciou que vai adotar tarifas de 5% e de 10% sobre o equivalente a US$ 75 bilhões em produtos importados dos Estados Unidos para retaliar a decisão do governo norte-americano de sobretaxar cerca de US$ 300 bilhões em produtos chineses a partir de setembro.
Segundo o Ministério de Finanças da China, as tarifas serão aplicadas em duas etapas: a primeira em 1 de setembro e a segunda em 15 de dezembro. O governo chinês também anunciou que voltará a tarifar em 25% os carros importados dos Estados Unidos a partir de 15 de dezembro. As peças terão tarifa de 5% a partir da mesma data.
Como reflexo, a moeda-norte americana abriu em alta firme em relação ao real e superou a marca de R$ 4,10, na cotação máxima do dia. Na parte da manhã desta sexta-feira, 23, o valor chegou em 0,04% a R$ 4,08. No mercado futuro, o contrato do dólar para setembro tinha alta de 0,24%, a R$ 4,0805. No exterior, o Dollar Index avançava 0,2%.
“O dólar ampliou a alta com essa notícia da China, antes da fala do Powell”, afirma um operador sênior de derivativos de uma corretora local, referindo-se a um movimento global da moeda norte-americana, que impactou os negócios locais. Segundo ele, o mercado doméstico “segue tenso com o dólar”, que vem sendo negociado acima de R$ 4,00 há cinco pregões seguidos.