Em 2004, a demanda norte-americana por suco de laranja brasileiro era de mais de 1 milhão de toneladas. Em 2014, a queda foi de 33%, passando para 688 mil toneladas embarcadas.
As projeções para 2015 apontam para redução de 8% em relação ao ano passado. Mantidas as atuais taxas de redução, em 2024 as exportações para o principal mercado consumidor do suco brasileiro podem chegar a 433 mil toneladas.
Para evitar essa dependência do mercado norte-americano e das oscilações da safra da Flórida, a solução, segundo a CitrusBR, seria investir no mercado interno, que tem grande potencial de crescimento para absorver a produção dos citricultores brasileiros.
Os analistas afirmam que o consumo nacional precisa ser estimulado e que a solução passa pela redução das taxas. O suco de laranja não paga imposto nos Estados Unidos, enquanto no Brasil a tributação chega a 27,5%.O consumo interno é de 56 mil litros anuais e a projeção é de que não haja grande crescimento nos próximos dez anos. Mas o setor alerta que se houver desoneração de tributos, a perspectiva é de que o consumo chegue a 140 mil toneladas até 2024.
Carga tributária prejudica mercado de suco de laranja, afirma CitrusBR
O consultor da Gconci Agrotools Maurício Mendes diz que as exportações brasileiras de suco devem mesmo cair nos próximos anos, mas acredita que o mercado norte-americano vai continuar comprando o produto nacional. Segundo ele, a Flórida, principal estado produtor, enfrenta redução de área plantada, por causa de problemas com o greening (doença que afeta frutas cítricas).