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Começando negociações com China, Trump volta a ameaçar país com tarifas

Os EUA aceitaram no final de semana deixar tarifas sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses em 10%. Se depois de 90 dias os países não conseguirem chegar a um acordo, essa taxa passará a de 25%

Foto: Fórum Econômico Mundial / Boris Baldinger

A nova rodada de negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China começou, com o presidente norte-americano, Donald Trump, sustentando o tom duro de seu discurso, ameaçando Pequim com tarifas. As conversas acontecem em meio a uma trégua de 90 dias na escalada de tensões entre as duas maiores economias do mundo.

“Vamos ver se um acordo concreto com a China é possível ou não. Se for, trabalharemos por isso”, afirmou Trump no Twitter. “A China deve começar a comprar mais produtos agrícolas norte-americanos imediatamente. O presidente Xi e eu queremos um acordo aberto e isso provavelmente acontecerá, mas se não  for possível, eu sou o homem das tarifas”, acrescentou.

Segundo Trump, os trabalhos estão sendo coordenados pelo representante do Comércio dos Estados Unidos, Robert Lighthizer; pelo secretário do Tesouro, Steven Mnuchin; pelos conselheiros econômico e comercial da Casa Branca, Larry Kudlow e Peter Navarro; e pelo secretário de Comércio, Wilbur Ross.

Os Estados Unidos aceitaram no final de semana deixar tarifas sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses em 10%. Se depois de 90 dias os países não conseguirem chegar a um acordo, essa taxa passará a 25%, segundo a Casa Branca. As negociações comerciais abordarão a transferência de tecnologia forçada e a propriedade intelectual.

“Quando pessoas ou países vierem atacar a grande riqueza de nossa nação, quero que paguem por isso. Será sempre a melhor maneira de maximizar nosso poder econômico. Estamos agora recebendo em bilhões de dólares em tarifas”, acrescentou Trump.