Durante live realizada nesta terça-feira, 25, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para divulgar dados da “Perspectivas para a Agropecuária Safra 2020/2021”, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que a entidade irá revisar os números finais das últimas sete safras de soja do Brasil.
“Nessa reformulação que fizemos na Conab, estamos estudando números das safras passadas, das últimas 7 safras pelo menos, porque queremos ter números mais afinados, para mostrarmos maior acertos desses números. Para isso, estamos usando tecnologias modernas e teremos muitas novidades daqui pra frente”, afirma Tereza.
A primeira revisão apresentada foi a da safra 2019/2020, que agora deve chegar a 124,4 milhões de toneladas, bem acima da previsão de julho.
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“A safra 2019/2020 passa dos 124,4 milhões de toneladas, já com esse ajuste realizado. Ou seja são 3,5 milhões de toneladas a mais do que era previsto até então para a safra. Da nossa parte fica o compromisso de trabalhar com transparência total, divulgando o melhor que nossas metodologias possam proporcionar e é por isso que viemos a público revelar esses ajustes e mostrar o que a Conab está fazendo”, finaliza Tereza.
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Segundo o presidente da Conab, Guilherme Bastos, “não há nenhum receio em divulgar essa revisão, desde que haja compromisso com a qualidade dessa informação.”
“A previsão para a safra 2020/2021 já leva em consideração a revisão realizada na última safra. Foi um trabalho exaustivo e extenso com todas as informações de campo e revisamos as últimas sete safras”, afirma Bastos.
Segundo o superintendente de agronegócio da Conab, Cleverton Santana, a adoção da mudança na metodologia foi necessária para corrigir discrepâncias notadas mais claramente a partir da safra 2017/2018.
“O que nos fez ligar o alerta amarelo quanto aos dados anteriores e, assim, nos fez revisar, foram os dados da safra 2017/2018. Se somarmos a produção total de soja no país, mais o estoque remanescente do ano anterior, e descontarmos o consumo interno e as vendas aos exterior, o resultado de estoques era parecido com os divulgados pelo IBGE. Mas, em 2017/2018 houve um descolamento e em 2018/2019 começamos a verificar as informações que recebíamos”, destacou.
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