A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou nesta terça-feira, dia 9, os resultados numéricos da consulta pública sobre o uso do defensivo glifosato, que foi encerrada nesta segunda-feira, 8. Ao todo, 4.602 fichas foram preenchidas, com maior participação dos brasileiros. Contribuições da Alemanha, Argentina, Colômbia, Estados Unidos, Paraguai e Portugal também foram feitas.
Um levantamento feito pelo Canal Rural com os números da Anvisa indicou que, de um total de 11.239 respostas de múltipla escolha, 19% defendem a manutenção do herbicida com ou sem restrições e 81% defendem a proibição do glifosato. A agência questionava se o participante era a favor da manutenção do uso do glifosato no Brasil com restrições.
Procurada pelo Canal Rural, no entanto, a Anvisa informou que, por experiência de consultas anteriores, muitas respostas são consideradas sem valor técnico, já que fogem do tema proposto pela entidade.
Durante o processo, a Anvisa recolheu sugestões para alterações do registro do produto e questionou “qual era a opinião sobre o texto em discussão“. Confira o resultado:
Concordo: 25,47% (1.218 pessoas)
Concordo parcialmente: 21,01% (967)
Discordo integralmente: 41,59% (1914)
Discordo da necessidade de regulamentação: 10,93% (503)
A Anvisa indicou que, neste primeiro momento, esta pergunta reflete um posicionamento mais realista dos participantes da consulta. Outra pergunta que indica o nível de engajamento questionava o nível de contribuição em torno do tema.
Como você gostaria de contribuir nesta Consulta Pública?
Gostaria de deixar comentários gerais sobre os agrotóxicos para a Anvisa: 95.93 % (2.053)
Gostaria de apresentar argumentos, justificativas ou evidências, relacionados ao risco de danos à saúde das pessoas, na proposta de Resolução desta Consulta Pública: 4.07 % (87)
Com o prazo da consulta pública encerrado, a Anvisa deve analisar e consolidar as sugestões enviadas. A partir disso, outras discussões técnicas poderão ocorrer. Depois disso, a diretoria colegiada da entidade faz a deliberação final. Confira os resultados da consulta pública.