O diretor de Regularização Ambiental no Serviço Florestal Brasileiro (SFB), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), João Francisco Adrien Fernandes, falou sobre o Cadastro Ambiental Rural (CAR), nesta segunda-feira (8), na COP26.
O CAR é um registro público eletrônico de âmbito nacional, obrigatório para todos os imóveis rurais, com a finalidade de integrar as informações ambientais das propriedades e posses rurais referentes às Áreas de Preservação Permanente – APP, de uso restrito, de Reserva Legal, de remanescentes de florestas e demais formas de vegetação nativa, e das áreas consolidadas, compondo base de dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento.
A inscrição no CAR é o primeiro passo para obtenção da regularidade ambiental do imóvel, e contempla: dados do proprietário, possuidor rural ou responsável direto pelo imóvel rural; dados sobre os documentos de comprovação de propriedade e ou posse; e informações georreferenciadas do perímetro do imóvel, das áreas de interesse social e das áreas de utilidade pública, com a informação da localização dos remanescentes de vegetação nativa, das Áreas de Preservação Permanente, das áreas de Uso Restrito, das áreas consolidadas e das Reservas Legais.
“Essa COP tem focado muito nas florestas e o Brasil tem bastante experiência nesse segmento. Além disso, o CAR é uma grande ferramenta de transparência e monitoramento. E está sendo reconhecido internacionalmente por esse trabalho”, diz.
Segundo Fernandes, o momento agora é de análise dos dados do CAR. “Os produtores aderiram massivamente. O grande desafio agora do governo federal e dos estados é analisar esse cadastro. Ao passo que avançamos nesta agenda, nós teremos a agenda da recuperação florestal avançando com intensidade. Em outros países, a recuperação acontece em áreas públicas. No Brasil, além das áreas públicas, nós temos as propriedades rurais”, afirma.
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