O governo federal abriu orçamento destinado à equalização de encargos financeiros para operações de custeio do Pronaf (agricultura familiar), de modo a possibilitar a retomada de financiamentos num total de cerca de R$ 2,8 bilhões referente ao Plano Safra 2021/2022, ou a serem contratadas até o dia 31 de junho deste ano.
Segundo o economista-chefe da Farsul, Antônio da Luz, seriam necessário, pelo menos, R$ 5,7 bilhões para concluir o Plano Safra atual e dar um fôlego orçamentário até o anúncio do próximo.
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“Se eu tivesse que apostar, eu aposto que teremos mais problemas do que temos hoje [com o próximo Plano Safra]. Só para termos uma ideia, precisamos de R$ 5,7 bilhões para concluir o Plano Safra atual, para termos seis meses de novo Plano Safra; para termos um seguro rural robustecido em R$ 500 milhões, chegar em R$ 1,5 bilhão; além de renegociar a dívida dos produtores. Conseguimos R$ 1 bilhão. Precisaremos de R$ 3,5 bilhões, R$ 4 bilhões”, diz.
De acordo com o economista-chefe, o Ministério da Agricultura está trabalhando, mas o Ministério da Economia tem negado muitos pedidos. “Não é para salvar a produção, é para salvar o produtor. O produtor não vai pagar a sua dívida com santinho. Cuidado que esse R$ 4,9 bilhões para o Fundo Eleitoral pode ser um tiro no pé”, afirma.
