Economia

Caminhoneiros querem presidente da Petrobras que mexa na política de preços

Representante da categoria cobra que governo federal tenha “coragem para lidar com a situação”, e diz que Bolsonaro está "totalmente perdido" com a questão

O presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, o “Chorão”, cobrou novamente ação do governo federal em relação aos preços elevados dos combustíveis. Em vídeo divulgado no período da tarde desta quarta-feira (22), o representante dos caminhoneiros pede que o governo escolha um novo presidente para a Petrobras, disposto a modificar a política de preços para combustíveis da estatal.

“O governo federal precisa ter coragem para lidar com esta situação, precisa pressionar o Conselho Administrativo (da Petrobras) e colocar presidente que atenda o currículo e que realmente mexa na Política de Paridade de Preço Internacional (PPI) da Petrobras“, afirmou Chorão.

A PPI, adotada pela Petrobras, vincula o preço interno dos combustíveis ao preço internacional do barril de petróleo e ao dólar.

“Totalmente perdido”

Chorão afirmou ainda que o presidente da República, Jair Bolsonaro, está “totalmente perdido” e defendeu ações de enfrentamento ao aumento do óleo diesel.

“O presidente alterou o gatilho (para aumento do frete pela variação do óleo diesel) de 10% para 5%. Tivemos um aumento de 14,26% na semana passada, sangrando a categoria e o povo brasileiro. Não tem nem fiscalização e muito menos transparência do governo e da própria Petrobras sobre possível desabastecimento de óleo diesel no país“, criticou.

E acrescentou: “Presidente, tenha coragem e responsabilidade. Se precisar de caneta BIC, eu compro para o senhor.”

Chorão voltou a criticar também a possibilidade da criação de um voucher para caminhoneiros, citada nesta semana pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Segundo o representante dos caminhoneiros, a proposta dos parlamentares prevê pagamento de R$ 400 aos transportadores.

“Caminhoneiro não precisa de esmola, precisa de dignidade”, disse Chorão.