A Rumo e a Andali, empresa de soluções para o segmento de fertilizantes, inauguram nesta terça-feira um terminal ferroviário de transbordo em Rio Verde (GO).
Com o novo complexo, será possível transportar fertilizantes a partir do Porto de Santos (SP) até Goiás por meio da Malha Central (ferrovia Norte-Sul) e industrializar o insumo na fábrica goiana.
Em meio à alta demanda pelos serviços, o projeto de expansão da capacidade do terminal de transbordo foi antecipado, o que resultou em investimento adicional no projeto, totalizando R$ 160 milhões.
No local também será possível “misturar” (industrializar) o fertilizante para ser distribuído aos clientes. O investimento foi feito integralmente pela Andali e a operação do transporte ferroviário ficará sob responsabilidade da Rumo.
“No complexo de Rio Verde, já temos operação de grãos e, agora, teremos de fertilizantes. Vamos atender às principais demandas do agronegócio”, afirmou o vice-presidente comercial da Rumo, Pedro Palma.
Segundo ele, a companhia terá ainda uma operação de combustível em Rio Verde em meados do ano que vem. “Já temos um parceiro trabalhando nisso”, diz.
“Como fizemos em outras situações na Malha Central, sempre privilegiamos parcerias nesse tipo de processo para nos trazer expertise.”
O presidente da Andali, Rafael Vaccari, afirma que hoje mais de 80% dos volumes de importação de fertilizantes no Brasil vem por Paranaguá (PR), São Francisco do Sul (SC) ou Santos, com todo o transporte feito por caminhões.
“Sabemos que pernas longas rodoviárias são ineficientes tanto do ponto de vista de custo, quanto de segurança para o motorista, sem contar o impacto ambiental”, diz.
“A ideia do projeto é descarregar o fertilizante em Santos, transportar via ferrovia da Rumo e a Andali receber o produto em Rio Verde para fazer o transbordo para fábricas da região ou misturá-lo para entregar ao produtor com mais competitividade.”
A estimativa é que sejam movimentadas 1,5 milhão de toneladas de fertilizantes no terminal. Para a primeira etapa do projeto, estava prevista uma industrialização de 500 mil toneladas por ano.
“Diante da forte demanda, fizemos um investimento adicional e estamos elevando a capacidade anual de expedição fabril para cerca de 750 mil toneladas”, diz Vaccari.