A chamada paridade internacional de preços dos combustíveis não deve ser seguida pelo Brasil, avalia Miguel Daoud. De acordo com o comentarista do Canal Rural, o valor não pode ser o mesmo em países produtores de petróleo e em locais que não produzem.
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Como exemplo, Daoud mencionou o próprio Brasil. Nesse sentido, ele lembrou que o país ainda importa cerca de 30% do refino, mas é autossuficiente na produção em si do petróleo — matéria-prima para combustíveis como gasolina e diesel. O que não ocorre, por exemplo, em solo europeu.
“Temos que ter um consenso do que nós produzimos” — Miguel Daoud
“Os nossos preços dos combustíveis não podem ser os mesmos que a Europa e o Japão praticam, que não têm uma gota de petróleo”, disse o comentarista ao participar da edição do telejornal ‘Mercado & Companhia’ desta quarta-feira (25). “Temos que ter um consenso do que nós produzimos e o que nós refinamos”, prosseguiu ao conversar com a jornalista e apresentadora Pryscilla Paiva.
Em relação à atual política de preços praticadas pela Petrobras, Daoud destacou que o governo Lula sinalizou abandonar justamente a paridade. O que pode começar a ser colocado em prática a partir desta semana, com o senador Jean Paul Prates (PT-RN) sendo, possivelmente, aprovado para assumir a presidência da petrolífera.
Miguel Daoud fala de nova política de preços de combustível
Miguel Daoud reforçou que, uma vez com Prates na presidência, a Petrobras deve criar um fundo para cobrir a diferença do combustível cobrado no Brasil. Dessa forma, a própria companhia reduziria seus lucros, apontou.
Para além da política envolvendo a Petrobras, Daoud destacou que, por ora, os preços dos combustíveis seguem subindo no Brasil. Consequentemente, apontou, a inflação e a taxa de juros são impactadas — e seguem aumentando.
“A nossa inflação, por outras razões e produtos, tem trazido sérios problemas para o nosso Banco Central. E isso significa que a taxa de juros não vai cair… e pode até subir”, complementou o comentarista do Canal Rural.
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