O ano de 2021 começa com muitas dúvidas sobre a economia no Brasil. Com o fim do auxílio emergencial, sem calendário para vacinação contra a Covid-19 e com incerteza sobre a nova presidência do Senado, especialistas no mercado financeiro acreditam que o primeiro semestre do ano deve ser de fragilidade econômica.
O economista-chefe da Necton, André Perfeito diz que os fatores que fizeram o dólar valorizar 30% em 2020 não estarão presentes neste ano. “Os juros devem subir, a favorecendo moeda local. Além disso, a disputa pela presidência do Senado e da Câmara deve impactar o campo político nos próximos dois meses. “Com esse cenário, não consigo ver o dólar abaixo de R$ 5”, projeta.
Perfeito diz, ainda, que a inflação preocupa, uma vez que ela deve ser maior em 2021. “Algumas incertezas persistem, pois estamos em uma situação delicada no campo fiscal. Até hoje não temos certeza se o auxílio emergencial continuará sendo pago ou não”, diz o economista.