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Etanol: pandemia reduziu consumo em 30% no 2º trimestre, diz Rabobank

A demanda por biodiesel também recuou no período, mesmo com aumento na mistura do produto ao diesel

A pandemia do novo coronavírus prejudicou o setor de biocombustíveis do Brasil. De acordo com o Rabobank, as medidas de distanciamento social reduziram significativamente o deslocamento diário de parte considerável da população. “Como consequência, o consumo de etanol hidratado de abril até junho deste ano recuou 30% no comparativo com igual período do ano passado”, pontua.

O banco destaca que o ritmo da retomada da mobilidade ao longo dos próximos meses – especialmente no Sudeste do país, que representou 70% do consumo de etanol hidratado em 2019 – será fator-chave para o mercado brasileiro de etanol.

“Esse ritmo será determinado em parte por medidas implementadas pelas autoridades, mas também em parte por decisões das pessoas e das empresas no uso de transporte particular – por exemplo, na continuidade de trabalho em home office”, pontua.

O biodiesel também vive um cenário positivo. Com o aumento da mistura do produto ao diesel de 11% para 12% a partir de março, a perspectiva do Rabobank era de estabilidade ou aumento no volume entregue nos meses seguintes, porém o que se observou foi que, no segundo trimestre, a média mensal das entregas caiu 5,3% em relação a março.

“Nesse caso, vale apontar que apesar do agronegócio seguir o ritmo de transporte de cargas no período, a queda pode ser justificada por outros setores da economia que reduziram a demanda por frete, assim como também houve redução no transporte rodoviário de passageiros”, aponta.