O secretário de Agricultura dos Estados Unidos, Sonny Perdue, anunciou nesta quinta-feira, dia 22, a suspensão de todas as importações de carne bovina in natura do Brasil. O motivo seriam “as recorrentes preocupações sobre a segurança” alimentar dos produtos enviados pelo país ao mercado americano, informou o site do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA). O texto afirma que os embarques permanecerão suspensos até que Ministério da Agricultura brasileiro tome medidas corretivas que o órgão americano considere satisfatórias.
De acordo com o comunicado, desde março o USDA viria inspecionando 100% da carne bovina brasileira que chega aos EUA. Nesse período, o serviço de inspeção da entidade teria recusado 11% do volume in natura enviado pelo Brasil – a taxa de rejeição geral de produtos cárneos de outras partes do mundo seria de 1%. Desde que o departamento tornou mais rígidas as regras de inspeção, 106 lotes de carne in natura do Brasil (o equivalente a cerca de 860 toneladas) teriam sido impedidos de entrar nos EUA, barrados por preocupações com saúde pública e questões relativas à sanidade animal.
O USDA reconhece que o governo brasileiro vinha prometendo resolver essas questões, inclusive com autossuspensão das importações de cinco unidades de frigoríficos, cujas carnes anviadas aos EUA teriam apresentado abcessos. No entanto, o governo americano afirma ter sido necessário tomar uma medida mais ampla.
“Garantir a segurança da oferta de alimentos de nossa nação é uma de nossas principais missões, e nós a conduzimos com muita seriedade. Embora o comércio internacional seja uma parte importante do que fazemos no USDA, e o Brasil venha sendo parceiro há tempos, minha maior prioridade é proteger os consumidores americanos. É isso que fizemos ao barrar a importação de carne bovina in natura do Brasil”, disse o secretário Perdue.