A indústria de rações já está comprando milho de países de fora do Mercosul, após a isenção da tarifa externa comum. No entanto, há uma dificuldade de encontrar o cereal em outros mercados, devido à forte escassez do produto a nível internacional.
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“Ainda estamos em fase de negociação com Estados Unidos e Ucrânia, que são grandes produtores de milho, além de Argentina e Paraguai, outros tradicionais fornecedores. No entanto, vale lembrar que ainda está faltando milho no mercado, e a suspensão da TEC vem principalmente na tentativa de esfriar o preço”, destaca Ariovaldo Zani, vice-presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações).
De acordo com Zani, a estratégia de retenção dos produtores acaba prejudicando a indústria de ração. “Quem tem o milho na mão acaba segurando para esperar novas altas, mas isso está atrapalhando a capacidade de caixa de compra do produtor, que hoje está pagando para trabalhar”, afirma.
O vice-presidente do Sindirações, diz, ainda, que é preciso fazer as contas para saber se é viável trazer o milho de fora do Mercosul, principalmente pela questão do frete.