O mercado do milho deve voltar suas atenções para a China após o fim do Ano Novo Lunar. Fica a expectativa para saber qual será o volume adquirido pelos chineses. A nível interno, a preocupação é com a oferta cada vez mais escassa de milho, que pode se agravar em detrimento do avanço na colheita de soja.
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Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de milho na próxima semana. As dicas
são do analista da Safras & Mercado Paulo Molinari.
– Mercado internacional segue com foco na retomada das atividades na China após o término do feriado no país;
– Novas altas de preços na China podem direcionar o país para novas importações de origem EUA;
– Exportações norte-americanas seguem em bom ritmo;
– Argentina tem corte de chuvas nesta segunda quinzena de fevereiro e precisará de boas chuvas em março para confirmar a safra 2021;
– Intenção de plantio nos Estados Unidos será divulgada apenas no dia 31 de março e pode revelar uma expansão forte na soja em detrimento do milho, devido ao quadro de estoques;
– No mercado interno, os estoques em poder dos consumidores não são longos;
– A demanda não oferece sinal de acomodação no mercado brasileiro;
– Os setores consumidores tentam conter o movimento de alta de preços regionais;
– Contudo, com a entrada da safra de soja, a explosão de fretes e dificuldades de logística, o milho terá dificuldades de fluxo de comercialização, que podem afetar o abastecimento regional;
– A safrinha tem plantio demasiadamente atrasado e a colheita da maior parcela das lavouras somente ocorrerá a partir de 20 julho. Apesar de algumas colheitas surgirem em junho e julho;
– Entressafra brasileira longa e com potenciais dificuldades de abastecimento até a entrada da safrinha 2021;
– Tensão com clima na safrinha, safra dos EUA e fluxo chinês prevalecem das tensões do mercado até agosto;
– Importações pelo Brasil quase impossíveis neste momento.