O Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa) e o Ministério da Produção, Indústria e Emprego do Chaco confirmaram a presença gafanhotos da espécie schistocerca cancellata, em estado juvenil e adultos, em lavouras de algodão e soja.
Os gafanhotos foram avistados nos municípios de Comandante Fernández, General Güemes e Quitilipi. Essas localidades ficam a pelo menos 600 quilômetros de São Borja, no Rio Grande do Sul.
Após receber as informações, o Senasa realizou um monitoramento e constatou uma presença significativa de insetos. “Observamos que a praga se encontrava em estágio avançado de ninfa e adulto, com tendência a se agrupar”, diz a entidade em nota oficial.
Por conta dessa situação, ambas as instituições solicitaram aos produtores o monitoramento constante de suas safras e, em caso de verificação da presença da praga, é preciso realizar imediatamente as tarefas de controle a fim de reduzir a infestação.
Gafanhotos, o retorno
Em 2020, o aparecimento de uma nuvem de gafanhotos na Argentina assustou produtores rurais, assim como entidades do governo do país. Com a possibilidade de avançar para o Brasil, mais precisamente lavouras do Sul, o governo brasileiro também tomou medidas para proteger as lavouras e combater o inseto.
Ainda segundo o Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar, os insetos podem causar danos às culturas e aos pastos mas não às pessoas. “As nuvens de gafanhotos podem passar por comunas, vilas ou cidades, mas não causam danos diretos aos seres humanos. Podem causar danos às culturas e aos pastos, mas não constituem um risco para as pessoas”, diz um comunicado.