A safra recorde de grãos no ano passado, impulsionou a demanda por fretes no setor agrícola. Ao considerar todos os fretes oriundos deste setor, o estudo o volume foi 71,3% maior que em 2019, aponta o “Relatório Anual FreteBras – O Transporte Rodoviário no Brasil”, produzido pela plataforma online de transporte de cargas, Fretebras.
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Considerando todo o volume movimentado, apesar do ano atípico por conta da pandemia, o setor de transporte rodoviário de cargas teve resultado positivo em 2020. O volume de fretes registrados no país aumentou 62% na comparação com 2019.
De acordo com o estudo, o maior impacto da pandemia no setor de transportes em 2020 foi sentido na primeira metade do ano. Do primeiro para o segundo trimestre, houve queda de 8% nos fretes. A redução ocorreu exatamente no momento em que foram iniciadas as medidas de distanciamento social, impostas pela pandemia da Covid-19.
Entretanto, a chegada do terceiro trimestre, com uma alta histórica puxada principalmente pela safra recorde de produtos agrícolas, contribuiu para que houvesse um aumento duas vezes maior no volume de fretes em relação ao mesmo período em 2019, registrando um crescimento de 102%.
Preço médio do frete em 2020
Segundo a empresa, em 2020, o caminhoneiro que cruzou o Brasil de Norte a Sul recebeu, em média, R$3,93 por km por eixo. Ao seguir pelo Centro-oeste, os ganhos foram mais altos, em média R$4,73. As regiões Sudeste e Nordeste registraram os valores mais baixos do país, média de R$3,81. Ao longo do ano este preço se manteve estável.
Tendências para 2021
Para o diretor de operações da FreteBras, Bruno Hacad, 2021 será um ano de muitos desafios para o setor. “Estamos apostando num ano de recuperação e também de muito trabalho. A digitalização seguirá apresentando desafios, principalmente no quesito segurança. As previsões apontam que a safra de grãos atingirá um novo recorde, o que deve aumentar a força do agro na economia do Brasil. A manutenção da taxa básica de juros em uma baixa histórica continuará aquecendo a indústria da construção, e o aumento das vendas on-line seguirá conectando consumidores e empresas em diferentes regiões, aumentando as possibilidades de fretes para atender a esta demanda”, diz.