A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, disse que acredita que a chegada da interatividade e do 5G pode fazer com que o jovem volte a se interessar pelo trabalho no campo. Para ela, o agricultor conectado traz grandes benefícios não apenas na área da produção, mas também na social.
“[Com a interatividade] ele [o agricultor] vai poder interagir com as áreas urbanas. Tenho muita esperança de que o jovem se interesse em voltar para o campo para trabalhar com seus pais. A nossa população rural está envelhecida e precisamos de mais jovens trabalhando no campo. Com essa ferramenta [o 5G], tenho uma esperança muito grande de trazer esse jovem para o campo novamente”, afirmou.
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A ministra estima que 60% dos produtores rurais estão conectados e, com o 5G, ela acredita que a situação vai melhorar e se democratizar mais rapidamente.
Cadastro Ambiental Rural
Em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Tereza Cristina também falou sobre a ferramenta de análise dinamizada que vai agilizar a verificação de dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR), lançada pelo governo federal no início do mês. A análise dos dados declarados no CAR é fundamental para a implantação efetiva do Código Florestal Brasileiro. O estado do Amapá será o primeiro a usar a ferramenta, mas outras unidades da Federação também já assinaram o termo para a utilização.
A ministra explicou que atualmente os estados fazem o processo de forma manual por meio de seus técnicos, o que demanda uma equipe muito grande.
“[O produtor] já recebe o seu CAR, o seu certificado, ou se ele não estiver conforme [as normas], vai para o Programa de Recuperação Ambiental fazer então o que é necessário e o que está no Código Florestal que precisa implementar. Isso vai dar uma agilidade e uma segurança jurídica a todos aqueles que participarem desse programa.”
Febre aftosa
Na entrevista, Tereza Cristina destacou o reconhecimento de seis estados brasileiros como áreas livres de febre aftosa sem vacinação, concedido nessa quinta-feira, 27, pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
“Nós temos até 2026 para cobrir todo o Brasil, e a gente espera que realmente todos os outros estados agora fiquem mais animados porque vão ver o que temos de vantagem com esse reconhecimento para a produção, para exportação a mercados mais exigentes, que pagam melhor. Na parte da suinocultura, é fundamental ser livre de aftosa com vacinação”, disse. “Nós temos aí um longo caminho, ainda é um desafio para os outros estados brasileiros porque temos mais 21 que precisam estar também nesse cronograma e atingir esse status”.