Apesar da pandemia, o Brasil bateu recordes de exportações nos últimos dois anos, especialmente no agronegócio. Além da China, nosso principal comprador, o Brasil vem conquistando novos mercados, como em países do Oriente Médio, por exemplo.
Nesta semana, uma feira em Dubai tem sido uma ferramenta importante para produtores e empresas brasileiras conquistarem novos negócios.
A Gulfood 2022 é a principal feira de alimentos e bebidas do oriente médio. durante os cinco dias, empresas de mais de mais de 120 países expõem nesta vitrine mundial seus produtos. Neste ano, a expectativa é que o evento receba cerca de 90 mil visitantes. E o Brasil está representado por várias empresas, conduzidas pela Apex Brasil.
“É a principal feira de negócios para o setor de alimentos e bebidas e agronegócio não só para o Emirados Árabes, mas para todo o Oriente Médio. É uma das principais plataformas de negócios no mundo atualmente. É muito importante que empresas brasileiras venham. É uma importante plataforma de negócios e principalmente network de contatos de negócios estratégicos não só dessa região mas de todas do mundo inteiro que vem a essa feira”, afirma Karen Fernandes Jones, chefe de operações da Apex Brasil para o Oriente Médio e África.
Apesar da pandemia, o Brasil bateu recordes de exportações nos últimos dois anos no agronegócio. Em 2021, a receita do setor somou mais de US$ 120,7 bilhões, um aumento de 19,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, superando também os resultados de 2019 e 2018.
A China foi o principal comprador com 35,17%, seguida da União Europeia (14,82%) e Estados Unidos (7,31%). O setor registrou ainda recordes de exportação
de proteína animal, de frutas e de algodão.
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Neste caso, os Emirados árabes Unidos foram os principais importadores com 6,9 mil toneladas, seguidos do Japão (1,1 mil toneladas) e Omã (408 toneladas).
Para o embaixador brasileiro nos Emirados Árabes, Fernando Igreja, o potencial é muito maior do que isso. “Nós temos o caminho aberto não apenas para o agronegócio, mas também para tecnologia e inovação, por exemplo”, diz.
Na Gulfood, o estande de proteínas orquestrado pela Abiec e pela ABPA é o espaço preferido por muitos visitantes.
A chefe de operações da Apex-Brasil diz que existe um universo de produtos e serviços que estão a disposição de produtores e empresas brasileiras no Oriente Médio e na África, mas diz que é preciso estar capacitado para ter acesso a eles.
“Entender, por exemplo, quais são os requisitos, como certificação qualquer detalhe importante como embalagem para que o seu produto fique disponível, até mesmo plataformas para que ele participe de feiras de negócios a exemplo do que nós temos aqui a Gulfood ou até mesmo a identificação de potenciais parceiros e uma facilitação para contato com esses importadores , então é um universo amplo de produtos que estão em disponibilidade aos nossos produtores para saber tudo que é preciso fazer para se capacitar para a exportação e para desenvolver uma estratégia bem sustentável e bem sucedida a longo prazo”, explica.
