O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, comemorou a aprovação do fundo para países vulneráveis celebrada na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27). Contudo, destacou que a “necessidade de reduzir drasticamente emissões” não foi abordada durante o evento encerrado neste final de semana.
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“Precisamos investir maciçamente em renováveis e acabar com nosso vício em combustíveis fósseis”, disse Guterres. “Devemos evitar uma disputa energética em que os países em desenvolvimento terminem em último lugar – como ocorreu na corrida pelas vacinas contra covid-19”, complementou.
Para o secretário-geral, as Parcerias de Transição de Energia Justa são caminhos importantes para acelerar a eliminação gradual do carvão e ampliar as energias renováveis. Nesse sentido, defendeu a criação de um Pacto de Solidariedade Climática em que os países se comprometam a fazer um esforço extra para reduzir as emissões nesta década em linha com a meta de 1,5 grau.
“Um fundo para perdas e danos é essencial – mas não é uma resposta se a crise climática apagar um pequeno estado insular do mapa – ou transformar um país africano inteiro em deserto”, afirmou.
Críticas e elogios à COP27
Ainda assim, o representante das Nações Unidas comemorou a aprovação do fundo e a classificou como um sinal político muito necessário para reconstruir a confiança quebrada.
A fala de Guterres foi acompanhada por outros líderes mundiais. A ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, por exemplo, afirmou ser “mais do que frustrante ver as etapas atrasadas de mitigação e eliminação das energias fósseis sendo obstruídas por vários grandes emissores e produtores de petróleo”.
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