Internacional

Lula promete coibir garimpo em área indígena e diz esperar respeito do agro

Presidente eleito do Brasil voltou a discursar na conferência da ONU nesta quinta-feira (17)

O presidente eleito da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse nesta quinta-feira (17) esperar que haja relação mútua de respeito do novo governo e do agronegócio. Além disso, ele prometeu combater o garimpo em territórios indígenas — prática que é defendida pelo atual presidente, Jair Bolsonaro (PL). As falas foram a movimentos sociais que participaram de evento na Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP27), realizada em Sharm El Sheik, no Egito.

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Na quarta-feira (16), o petista já havia defendido durante discurso na área da ONU da conferência o agronegócio como “parceiro estratégico” no combate às mudanças climáticas. Lula também falou na busca de uma “agricultura regenerativa”, sem “desmatar nem um metro de floresta”. Sua fala, que foi acompanhada com atenção pela comunidade internacional, incorporou os consensos científicos mais recentes sobre como conciliar o setor produtivo e a sustentabilidade.

“Só peço que [integrantes do agro] me respeitem e eu respeito eles” — Lula

“Não me preocupo quando dizem que o agronegócio não gosta do Lula. Eu só peço que me respeitem e eu respeito eles”, afirmou o presidente eleito ao grupo de ONGs e movimentos sociais em nova agenda pública nesta quinta. “Vamos evitar de uma vez por todas que haja garimpo em terras indígenas”, acrescentou.

Mais da participação de Lula na COP27

COP27
Foto: Divulgação/COP27

No discurso desta quinta, Lula ainda disse que “na COP do ano que vem” o Brasil terá apenas uma delegação. Neste ano, o país está representado em três pavilhões: a ala dos governadores amazônicos; o Brazil Climate Hub, que reúne ativistas; e o estande oficial do governo federal, que tem sido o mais esvaziado ao longo da conferência.

“Vai aumentar o dólar? Cair a bolsa? Paciência” — Lula

Na quarta, Lula ainda prometeu levar à ONU o pedido para que a Cúpula do Clima de 2025 seja no Amazonas ou no Pará. Na mesma fala com movimentos sociais, o petista ainda criticou novamente o teto de gastos e disse que não “não adianta só pensar em responsabilidade fiscal”. Essas falas têm causado reações negativas no mercado. “Vai aumentar o dólar? Cair a bolsa? Paciência”, disse Lula.

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