Os cavalos da raça friesian não passam despercebidos. Também chamados de frísios, eles são a perfeita tradução da elegância. Sua pelagem é negra, com crina longa e pelos compridos também sobre as patas. Além disso, tem tendência a apresentar grande estatura.
Mas o friesian não é apenas bonito de se ver. Criadores atestam que o cavalo tem um temperamento que o torna fácil de adestrar. Versátil, tem aptidão tanto para montaria quanto para atrelagem.
A raça friesian é originária do litoral da Holanda. Esses animais foram muito populares na Idade Média, já que, com sua força e porte, conseguiam suportar o peso dos cavaleiros e suas armaduras ou mesmo puxar canhões nos campos de batalha.
Durante a Primeira Guerra Mundial, os frísios quase foram extintos, mas sobreviveram graças à dedicação dos criadores europeus da época. No Brasil, existem atualmente cerca de cem exemplares da raça, nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Distrito Federal e Pará.
O criador Rogério Marques, proprietário do haras Rancho Baloubet Friesian, em Uberaba (MG), investe na raça há dois anos. Ele começou o plantel importando exemplares dos Países Baixos, e hoje já conta com 20 potros nascidos na propriedade, filhos de dois garanhões e quatro fêmeas.
Marques afirma que ficou apaixonado pela raça ainda jovem, quando assistiu no cinema ao filme “O Feitiço de Áquila”, de 1985, no qual aparecem exemplares da raça. A criação foi bem-sucedida, e agora há até fila de espera para adquirir os produtos do haras.
O criador conta que o friesian, mesmo sendo proveniente de outro continente, se dá muito bem no clima tropical do Brasil. Segundo ele, após o período de adaptação, os animais importados recebem um manejo convencional no Rancho Baloubet.
A única diferença, afirma o criador, é que as baias receberam ventiladores para tornar o ambiente mais fresco para os frísios. Os animais recebem ração pela manhã e a tarde, com feno à vontade durante todo o dia.