Saiba tudo sobre o mormo

Dados do Ministério da Agricultura mostram também que foram 202 casos da doença em 2014Mapa contabilizou 202 registros de mormo em território brasileiro. Até abril deste ano, no mínimo 155 animais foram identificados com a doença

O mormo tem sido cada vez mais presente em competições de cavalos no Brasil. Em 2013, mais de mil cavalos ficaram isolados em Avaré, no interior de São Paulo, durante o Congresso Brasileiro da Raça Quarto de Milha. Neste ano, uma etapa do Freio de Ouro no Rio Grande do Sul precisou ser adiada pela identificação da doença. O grande temor é referente às provas de hipismo que serão realizadas nas Olimpíadas do Rio em 2016. Como medida preventiva, o Exército faz a desinfecção de bebedouros e comedouros dos cavalos e evita o contato entre animais de áreas diferente. Dois cavalos com suspeita na área militar foram encaminhados à Estação Quarentenária de Cananeia para que o Ministério da Agricultura estude os casos.

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Em 2014, o Mapa contabilizou 202 registros de mormo em território brasileiro. Até abril deste ano, no mínimo 155 animais foram identificados com a doença.

O QUE É MORMO?

O mormo (ou lamparão) é uma doença infectocontagiosa dos equídeos, causada pela bactéria Burkholderia mallei, que pode ser transmitida ao homem e também a outros animais. Os sintomas mais comuns são a presença de nódulos nas mucosas nasais, nos pulmões, gânglios linfáticos, catarro e pneumonia. A forma aguda é caracterizada por febre de 42ºC, fraqueza e prostração; pústulas na mucosa nasal que se transformam em úlceras profundas com uma secreção, inicialmente amarelada e depois sanguinolenta; intumescimento ganglionar e dispneia. O mormo não tem cura, não tem vacina e os animais que contraem a doença precisam ser sacrificados.

CONTAMINAÇÃO

contaminação pode se dar pelo contato com material infectante (pus, secreção nasal, urina ou fezes). A bactéria penetra por via digestiva, respiratória, genital ou cutânea (por lesão). O germe cai na circulação sanguínea e depois alcança os órgãos, principalmente pulmões e fígado. O mormo se apresenta de forma crônica ou aguda. Os animais suspeitos devem ser isolados e submetidos à prova complementar de maleína, sendo realizada e interpretada por um veterinário do serviço oficial. A mortalidade dessa doença é muito alta.

ISOLAMENTO

Em caso de mormo, o produtor deve realizar as seguintes medidas: notificação imediata à Defesa Sanitária; isolamento da área da infecção e isolamento dos animais suspeitos; sacrifício dos que reagiram positivamente à mesma prova de maleína; cremação dos cadáveres no próprio local e desinfecção de todo o material que esteve em contato com eles; desinfecção rigorosa dos alojamentos; suspensão das medidas profiláticas somente 120 dias após o último caso constatado.

Para facilitar o entendimento da doença e suas consequências aos produtores, o Canal Rural separou alguns vídeos que explicam o mormo.

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