A anomalia negativa da temperatura do oceano Pacífico equatorial diminuiu de -1 °C em meados de maio para -0,5 °C atualmente, indicando que o fenômeno La Niña está em um breve período de enfraquecimento. De acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), esse período de enfraquecimento será observado entre julho e setembro, mas, posteriormente, o resfriamento do Pacífico se intensificará novamente, completando o terceiro ano seguido sob La Niña.
Do ponto de vista prático, mesmo sob La Niña, há registro de chuva forte na região Sul desde março. Isso aconteceu pela formação de bloqueios atmosféricos e gradientes de temperatura mais favoráveis no oceano Atlântico.
De acordo com a previsão probabilística da Universidade de Colúmbia, a chuva forte prosseguirá entre junho e agosto, porém mais ao sul, na Metade Sul do Rio Grande do Sul, além do Uruguai e leste da Argentina. Mais ao norte, a chuva fica abaixo da média em Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul.
No leste e norte do Nordeste, há previsão de chuva acima da média, inclusive com tempestades intensas, como as que aconteceram em maio em Pernambuco. A temperatura ficará acima da média no interior das regiões Sul e Sudeste e em boa
parte do Centro-Oeste.
Isso não quer dizer que não há previsão de frio, mas apenas indica que as ondas de frio devem vir de forma mais espaçada no inverno.