O mercado do milho acompanha o andamento do clima no meio oeste dos Estados Unidos, onde as lavouras vêm recebendo chuvas abaixo do normal. No cenário interno, o clima também é uma preocupação, especialmente para as lavouras da safrinha.
Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de milho na próxima semana. As dicas são do analista da Safras Consultoria, Paulo Molinari.
– Mercado segue preocupado com o lado oeste e norte do Meio-Oeste dos EUA. As chuvas têm sido abaixo do normal em uma região que já está muito seca advinda do inverno;
– Sul e Sudeste dos EUA devem ter chuvas acima do normal neste mês de maio;
– Plantio de milho avança forte apesar das baixas temperaturas da semana. Germinação pode ser mais lenta;
– Relatório do USDA neste dia 12. O primeiro quadro de 21/22 e o USDA poderá ter que cortar projeção de exportação dos EUA em 2022 para encontrar estoques;
– Tensão com a safra norte-americana deve continuar até agosto, diante da necessidade de uma safra cheia em 2021;
– Atenção ainda à demanda chinesa por milho até outubro, já que os preços voltaram a subir agressivamente após o feriado local;
– Forte queda do dólar no mercado internacional ajuda as commodities para altas de preços;
– Situação do milho safrinha é grave. Chuvas na semana apenas no extremo Oeste e Sudoeste do PR, Sul do Paraguai;
– Nas demais regiões com exceção do Centro-Norte do MT e Matopiba, a situação é gravíssima. Muitas lavouras passaram a polinização em pendoamento, outras estão entrando nesta fase e muitas não chegarão a polinizar devido à falta de chuvas;
– As perdas se avolumam a cada semana e são irreversíveis mesmo com chuvas à frente;
– A questão é que não há chuvas previstas para boa parte das regiões de safrinha – PR e Sul de SP há alguma possibilidade para o dia 15;
– Bolsa de Chicago em forte alta e procura interna para jun/jul e ago mantém preços internos firmes;
– Produtores retraem as vendas diante da impossibilidade de definir quanto irão colher na safrinha;
– O fato mantém os preços do milho muito acima das referências de porto e tradings começam a ofertar mercado interno em detrimento de exportação;
– Deveremos ter forte corte nas exportações de milho em 2021;
– Atenção agora a este abastecimento até agosto e ao quadro climático.