Entidades como a Federarroz, a Fetag e representantes sindicais se reuniram com arrozeiros de 34 municípios para promover um debate a fim de encontrar soluções para a queda do preço, que hoje varia entre R$ 28,00 e R$ 32,00, de acordo com a qualidade do grão, a um custo de produção de R$ 40,00. A falta de recursos para o pré-custeio é outro agravante para crise. Uma das soluções mais defendidas para tentar resolver o problema é a prorrogação de financiamentos que vencem na metade desse ano. Novas políticas agrícolas também estão entre as reivindicações do setor.
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A partir da assembleia geral extraordinária, produtores e entidades elaboraram uma carta com ações imediatas e de médio prazo para propor aos governantes. A lista inlui:
1 – Imediata prorrogação por 90 dias dos pagamentos de todas as operações de crédito rural, constando cláusula de obrigatoriedade no cumprimento da medida, sem condicionamentos junto ao Sistema financeiro Nacional, vinculadas a receitas oriundas da lavoura arrozeira da safra 2014/2015, incluindo custeio, investimento, comercialização, renegociação, e demais operações.
2 – Carência de 2 anos para o pagamento das dívidas dos arrozeiros gaúchos. Após o período de carência, pagamentos anuais limitados a 5% do faturamento bruto do produtor, pela média dos últimos 10 anos.
3 – Exclusão do nome/CPF dos arrozeiros gaúchos junto aos órgãos de restrição de crédito.
4 – Liberação imediata de recursos controlados para a safra 2015/2016.
5 – Agendamento, com urgência, de reunião com a ministra Kátia Abreu, com a participação das entidades de classe e arrozeiros.
6 – Projetos e campanhas institucionais permanentes de incentivo ao aumento do consumo de arroz no Brasil.
Ações de médio prazo:
1 – Incentivo à exportação de arroz, propiciando toda a logística necessária.
2 – Liberação da comercialização de defensivos genéricos.
3 – Desconcentrar ao máximo as datas de vencimento do custeio agrícola, visando diminuir a grande oferta em um prazo curto e conhecido, que causa a diminuição do preço do arroz.
4 – Redução da carga tributária incidente em insumos da lavoura arrozeira, especialmente em relação à energia elétrica, fertilizantes e óleo diesel.
Veja a reportagem abaixo: