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Milho e café sobem enquanto soja e boi caem; veja notícias desta sexta

A seca nas principais regiões produtoras do Brasil central dá condições para o milho e café registrarem novas altas mesmo com dólar caindo

  • Boi: mercado tem continuidade do movimento de queda
  • Milho: sem chuvas, preços seguem em alta
  • Soja: saca recua no Brasil seguindo dólar
  • Café: arábica sobe quase 10% em dois dias em Nova York
  • No exterior: pedidos de seguro-desemprego nos EUA têm melhor resultado da pandemia
  • No Brasil: dólar cai abaixo de R$ 5,30 pela primeira vez desde janeiro

Agenda:

  • Brasil: IGP-DI de abril (FGV)
  • Brasil: dados das lavouras do Mato Grosso (Imea)
  • EUA: criação de empregos e taxa de desemprego em abril

Boi: mercado tem continuidade do movimento de queda

De acordo com a consultoria Safras & Mercado, o movimento de queda da arroba no curto prazo no mercado físico brasileiro de boi gordo continua com a melhora da oferta. Apesar da força da demanda doméstica com a nova rodada do auxílio emergencial e com a data comemorativa do Dia das Mães, o aumento da oferta segue de boiadas pressionando os preços. Em São Paulo, a arroba ficou cotada a R$ 307/308 em comparação a R$ 308 no dia anterior.

No mercado futuro, os contratos do boi gordo negociados na B3 seguiram em queda e o vencimento para outubro foi à mínima em 15 dias. O vencimento para maio passou de R$ 303,90 para R$ 303,85, o para junho foi de R$ 308,40 para R$ 307,75 e o para outubro foi de R$ 330,50 para R$ 328,70 por arroba.

Milho: sem chuvas, preços seguem em alta

O mercado brasileiro de milho teve mais um dia de preços em alta refletindo o cenário de falta de chuvas, segundo a consultoria Safras & Mercado. Com o clima seco, o produtor segue retendo a oferta e pressiona ainda mais as cotações. Em Cascavel (PR), a saca subiu para R$ 106, e em Campinas (SP), ficou em R$ 104.

Em Chicago, o rally de alta continuou firme e alcançou o sexto dia consecutivo de valorização, sendo que no período, os preços avançaram 11,58%. O vencimento para julho subiu 1,44% na comparação diária e fechou cotado a US$ 7,186 por bushel.

Soja: saca recua no Brasil seguindo dólar

O indicador da soja do Cepea, calculado com base nos preços praticados no porto de Paranaguá (PR), teve um dia de preços mais baixos. A cotação variou -1,03% em relação ao dia anterior e passou de R$ 180,37 para R$ 178,51 por saca. Desse modo, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 15,99%. Em 12 meses, os preços alcançaram 65,5% de valorização.

Em Chicago, por outro lado, os contratos futuros da soja tiveram mais um dia de alta, alcançando o terceiro consecutivo com valorização. O cenário de apreensão com o clima nos Estados Unidos e de demanda firme impacta os preços. O vencimento para julho teve uma valorização de 1,76% e ficou cotado a US$ 15,694 por bushel.

Café: arábica sobe quase 10% em dois dias em Nova York

Os contratos futuros do café arábica negociados na Bolsa de Nova York alcançaram 9,94% de alta acumulada nos últimos dois dias. O clima seco no Brasil é o grande fator que impulsiona as cotações nas bolsas. O contrato com vencimento para julho subiu 2,97% na passagem do dia e ficou cotado a US$ 1,543 por libra-peso.

O indicador do café arábica do Cepea, calculado com base nos preços praticados em Minas Gerais, São Paulo e Paraná, acompanhou Nova York e teve mais um dia de alta expressiva. A cotação variou 1,81% em relação ao dia anterior e passou de R$ 813,32 para R$ 828,03 por saca. Dessa forma, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 36,48%. Em 12 meses, os preços alcançaram 41,15% de valorização.

No exterior: pedidos de seguro-desemprego nos EUA têm melhor resultado da pandemia

Os pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos tiveram o melhor resultado desde o início da pandemia do novo coronavírus. As requisições somaram 498 mil, ficando abaixo de 500 mil pela primeira vez desde que o mercado de trabalho começou a ser afetado pela pandemia. O resultado também ficou melhor que o projetado pelo mercado.

Hoje, serão divulgados os dados finais de emprego nos Estados Unidos em abril com criação de vagas e a taxa de desemprego. Essas informações são acompanhadas bem de perto pelos investidores para monitorar a recuperação da atividade econômica no país.

No Brasil: dólar cai abaixo de R$ 5,30 pela primeira vez desde janeiro

O dólar comercial recuou 1,62% e fechou o dia cotado a R$ 5,2728. Foi a primeira vez desde o dia 14 de janeiro que a moeda norte-americana ficou cotada abaixo de R$ 5,30. A melhora da situação política em relação ao fiscal, o ajuste do Banco Central nos juros, a queda do dólar no exterior e o avanço dos preços das commodities metálicas e agrícolas impulsionam a valorização do real.

O índice Ibovespa fechou em leve alta de 0,3%, a 119.920 pontos. O avanço das ações não tem acompanhado o bom desempenho recente da moeda brasileira. Apesar dos bons resultados corporativos no geral divulgados nos últimos dias, o mercado de ações teve recuperação anterior ao câmbio e por isso há uma resistência para romper com mais força os 120 mil pontos e ir além disso de maneira sustentada.