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Boi: arroba termina 2020 com alta de quase 30%
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Milho: bushel se aproxima de US$ 5 nos EUA, maior valor em mais de 6 anos
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Soja: escalada segue firme em Chicago e preços batem US$ 13,20 por bushel
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Café: arábica sobe em Nova York e deve impulsionar cotações no Brasil
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No Exterior: bolsas estendem otimismo no início de 2021 monitorando vacinação
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No Brasil: inflação e produção industrial são destaques da agenda na semana
Agenda:
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Brasil: boletim Focus (Banco Central)
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Brasil: resultado da balança comercial de dezembro (Emater)
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EUA: inspeções de exportação semanal (USDA)
Boi: arroba termina 2020 com alta de quase 30%
O indicador do boi gordo do Cepea terminou o ano de 2020 cotado a R$ 267,15 por arroba. Dessa forma, a valorização acumulada chegou a 29,09%. A máxima do ano foi registrada em 13 de novembro a R$ 291,80 por arroba.
A expectativa das principais consultorias do mercado bovino é que os preços se mantenham firmes em 2021, mas com valorização menos intensa. As variáveis que merecerão atenção são o ritmo de exportação, sobretudo para a China, o consumo doméstico, a oferta de animais confinados e à pasto e a dinâmica da taxa de câmbio.
Milho: bushel se aproxima de US$ 5 nos EUA, maior valor em mais de 6 anos
O milho negociado na Bolsa de Chicago fechou o último pregão do ano em uma expressiva alta de 2,37% cotado a US$ 4,856 por bushel. Este foi o maior patamar alcançado pelas cotações desde maio de 2014. Foi também o décimo quarto dia consecutivo de avanço dos preços.
O rally de alta no final de dezembro foi sustentado pela forte demanda pelo milho norte-americano e problemas macroeconômicos na Argentina. A tendência é que este cenário permaneça firme para 2021 e devido aos estoques no Brasil e no mundo estarem em níveis historicamente baixos, a pressão sobre os preços pode continuar este ano.
Soja: escalada segue firme em Chicago e preços batem US$ 13,20 por bushel
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago chegaram a romper o nível de US$ 13,20 por bushel no último pregão de 2020. Ao fim do dia, os preços recuaram, mas fecharam em alta diária de 0,73% a US$ 13,10 por bushel. A preocupação com o clima seco na América do Sul segue sendo fator importante de impulso para a oleaginosa nos Estados Unidos.
No Brasil, o indicador da soja do Cepea, com base nos preços praticados no porto de Paranaguá (PR), fechou o ano de 2020 com um avanço acumulado de 75,09%, cotado a R$ 153,90. As atenções do mercado para 2021 estarão voltadas para o apetite chinês em relação à soja brasileira e à dinâmica da taxa de câmbio, que dependendo da recuperação da economia no Brasil, pode ficar mais acomodada na comparação com o ano passado.
Café: arábica sobe em Nova York e deve impulsionar cotações no Brasil
Os contratos futuros do café arábica negociados na Bolsa de Nova York tiveram alta de 2,27% no último pregão do ano e o vencimento para março ficou em US$ 1,2825 por libra-peso. Os preços chegaram a se aproximar da importante resistência de US$ 1,30 por libra-peso. Caso rompa este patamar, há espaço para a cotação chegar a US$ 1,35.
No Brasil, o indicador do café arábica do Cepea fechou o ano de 2020 com valorização acumulada de 10,67% e cotado a R$ 606,69 por saca. Os preços foram muito impactados pela diminuição da demanda em virtude da pandemia e o mercado agora tem expectativa de melhora a partir da vacinação global em massa em 2021.
No Exterior: bolsas estendem otimismo no início de 2021 monitorando vacinação
O ano começa com as bolsas globais estendendo o otimismo que marcou o encerramento de 2020. Os pacotes de estímulos aprovados em economias importantes, sobretudo nos Estados Unidos, e o processo de vacinação contra o coronavírus impulsionam os mercados.
Na Europa, os investidores ainda monitoram como se dará a relação entre Reino Unido e União Europeia após a separação completa com um acordo comercial finalizado nos últimos dias antes do prazo final. No Reino Unido, a expectativa é que se inicie hoje, segunda-feira, 4, a vacinação com o imunizante desenvolvido pela farmacêutica AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford.
No Brasil: inflação e produção industrial são destaques da agenda na semana
A semana que abre o ano no Brasil tem uma pequena lista de indicadores a serem divulgados, mas são dados importantes para monitorar a dinâmica da economia brasileira. Os destaques serão o IGP-DI de dezembro, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), e a produção industrial de novembro, calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os investidores buscam no IGP-DI sinalizações de que o choque na inflação de alimentos pode ter ficado para trás após a desaceleração observada no IGP-M de dezembro. No caso dos dados da indústria, será importante para medir o grau de recuperação da atividade econômica no Brasil no quarto trimestre de 2020.