A produção de milho segunda safra no Paraná deverá totalizar 9,8 milhões de toneladas em 2020/21, 19% a menos do que o estado colheu no ciclo 2019/2020. Os dados são do relatório do Deral, que apontou quebra de aproximadamente 4,9 milhões de toneladas em relação à produção inicial esperada. A perda percentual é de 33%.
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Cerca de 1,8 milhão de toneladas dessa quebra, 37% da perda total do estado, corresponde à região Oeste, principal produtora. “Na região Norte, segunda maior área do Estado, como as lavouras se desenvolveram um pouco mais tarde, talvez haja possibilidade de recuperação”, explica o analista de milho do Deral, Edmar Gervásio. Segundo ele, a partir do próximo mês esses números devem ser mais exatos.
As chuvas registradas em junho contribuíram para uma redução da perda no campo e estabilização das condições gerais de lavoura. Dos 2,52 milhões de hectares plantados, 26% têm boas condições, enquanto 41% apresentam situação mediana e 33% condições ruins. Com relação à área, a expectativa aponta para 2,5 milhões de hectares, 10% a mais que na safra passada.
O preço recebido pelo produtor de milho paranaense pela saca de 60 kg na semana passada foi de R$ 79,94, valor quase 13% menor quando comparado ao fechamento de maio, em parte devido à valorização do real frente ao dólar. Já no mercado internacional, os valores ficaram estáveis.