- Boi: indicador do Cepea renova recorde e chega a R$ 298 por arroba
- Milho: queda é interrompida e preços ficam praticamente estáveis
- Soja: cotações seguem estabilizadas apesar de avanço de Chicago
- Café: câmbio compensa alta de Nova York
- No exterior: empresas globais reportam bons resultados
- No Brasil: mercado antecipa aumento de juros após ata do Copom
Agenda:
- Brasil: fluxo cambial semanal (Banco Central)
- EUA: estoques semanais de petróleo (DoE)
- EUA: decisão de política monetária (FED)
Boi: indicador do Cepea renova recorde e chega a R$ 298 por arroba
O indicador do boi gordo do Cepea voltou a subir e passou de R$ 294,95 para R$ 298 por arroba, uma alta diária de 1,03%. Dessa forma, a cotação renovou o recorde nominal histórico da série. No acumulado do ano, a arroba já se valorizou 11,55%. O cenário de oferta restrita de animais terminados permanece no mercado de carne bovina.
No mercado futuro, os contratos do boi gordo negociados na B3 tiveram um dia de baixas. O vencimento para janeiro passou de R$ 297,30 para R$ 296,80 e o para fevereiro passou de R$ 296,80 para R$ 296 por arroba.
Milho: queda é interrompida e preços ficam praticamente estáveis
O indicador do milho do Cepea, calculado com base nos preços praticados em Campinas (SP), teve a queda dos preços interrompida. A cotação ficou praticamente estável na passagem do dia e foi de R$ 83,87 para R$ 83,97, uma pequena alta de 0,1%. No acumulado de 2021, a valorização chegou a 6,8%.
Na B3, os contratos futuros também registraram estabilidade em praticamente toda a curva. O vencimento para março caiu de R$ 85,86 para R$ 85,76 por saca e o para maio foi de R$ 82,43 para R$ 82,38.
Soja: cotações seguem estabilizadas apesar de avanço de Chicago
A cotação da soja no indicador do Cepea passou de R$ 169,69 para R$ 169,14 por saca mesmo em um dia de novo avanço expressivo da oleaginosa negociada em Chicago. Os preços têm ficado entre R$ 168 e R$ 171 por saca desde o dia 11 de janeiro.
O principal motivo para segurar o avanço dos preços no Brasil, apesar de Chicago buscar retomar os US$ 14 por bushel, foi a forte queda do dólar em relação ao real. A moeda norte-americana caiu de R$ 5,5089 para R$ 5,3269, uma baixa diária de 3,3%.
Café: câmbio compensa alta de Nova York
Assim como no caso da soja, as cotações do café arábica no mercado brasileiro tiveram a influência da expressiva queda do dólar em relação ao real, tendo mais força que o avanço dos preços no exterior. Em Nova York, o arábica se recuperou parcialmente de dois dias consecutivos de baixa e subiu de US$ 1,2325 para US$ 1,2450 por libra-peso.
Ainda assim, o indicador do café arábica do Cepea recuou de R$ 657,46 para R$ 655,25 por saca. Dessa forma, os preços acumulam uma alta de 0,7% na comparação com a semana passada e de 8% em 2021.
No exterior: empresas globais reportam bons resultados
O bom resultado reportado pela Microsoft fez com que as expectativas do mercado para os balanços financeiros de outras empresas de tecnologia melhorassem ainda mais. Ainda assim, os índices de ações ao redor do mundo não ganharam grande impulso e abrem esta quarta-feira, 27, sem direção definida.
Os investidores seguem divididos entre o avanço da vacinação nas grandes economias e o aumento no número de casos e óbitos causados pela pandemia. Nesse contexto, o Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou sua projeção de crescimento para a economia global de 5,2% para 5,5% em 2021, apostando no processo de vacinação.
No Brasil: mercado antecipa aumento de juros após ata do Copom
As projeções de aumento de juros por alguns economistas do mercado financeiro foram antecipadas após a ata da última reunião do Copom. A avaliação geral é que o Banco Central deu um peso maior à preocupação com a aceleração da inflação que com eventual piora da pandemia e da atividade econômica.
De acordo com a ata, alguns membros defenderam iniciar a discussão do processo de normalização da taxa Selic. Segundo o próprio presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, quando a comunicação oficial da autoridade monetária se refere a alguns membros, isto pode significar três ou mais diretores. Como são nove os membros votantes no total, há expectativa majoritária no mercado de que na próxima reunião, em março, haverá uma pressão maior para início do ciclo de alta dos juros.