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O dólar apresentou desvalorização no mês de abril e vem caminhando de lado durante maio, com os dados econômicos dos EUA abaixo do esperado. Com um cenário de pouca expansão da demanda e volumosos estoques finais projetados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), as cotações da CBOT apresentando viés de queda, e o dólar extremamente instável. A avaliação é do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Segundo o Imea, o panorama que se forma no mercado de milho é nebuloso, e qualquer oportunidade de fechar negócios acima do ponto de equilibro deve ser bem aproveitada.
Preços
O indicador Imea fechou a semana com alta de 0,65% na comparação com a semana passada, o cereal no Estado ficou com cotação média de R$ 15,05/sc. Durante a semana, os contratos jul/15, negociados na CBOT, apresentaram elevação de 0,11%. O ligeiro aumento foi sustentado pelos bons números das exportações norte-americanas divulgados pelo USDA.
O prêmio do porto de Paranaguá operou em alta com variação positiva de 9,60%, US$ 0,02/bushel a mais do que na semana anterior. Com a valorização do preço do milho disponível durante a semana, o produtor gasta 142,85 sacas/hectare para arcar com os custos totais, valor 0,62% menor que o da semana passada.
Clima favorável
As chuvas nos meses de abril e maio têm dado algum alento ao produtor de milho. Em Sorriso, maior produtor do cereal no estado, a somatória do volume de chuva até o dia 20 de maio foi de 82 mm, quase o dobro da média dos últimos cinco anos.
Isso deve contribuir positivamente para a produtividade do milhol, pois um grande volume de foi semeado fora da janela ideal, e com essas chuvas incomuns para os meses de abril e maio, a lavoura não deve ser tão prejudicada. No entanto, cabe ressaltar que esta alta na produtividade traz consigo um aumento de produção, e caso esse aumento de oferta não seja coberto por uma ampliação na demanda, a preocupação recai mais uma vez sobre os preços, que devem ser pressionados para baixo, causando apreensão ao produtor.