O segundo leilão de estoques de milho da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), realizado nesta terça-feira, dia 16, registrou demanda para 50,95% da oferta de 150 mil toneladas armazenadas em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Foram vendidas 76,436 mil toneladas. Alguns lotes foram disputados e houve ágio sobre o valor de abertura.
Em Mato Grosso, 595 toneladas de milho de Tapurah, colocadas à venda por R$ 23,40 a saca de 60 quilos, saíram a R$ 29,10/saca, ágio de 24,3%. Lote de 810 toneladas de Lucas do Rio Verde saiu a R$ 27,90/saca, 19,2% acima. As 480 toneladas de Sapezal foram negociadas a R$ 26,40/saca, 13% mais.
Também houve disputa pelas 1,2 mil toneladas armazenadas em Dourados (MS), ofertadas a R$ 31,20/saca e arrematadas por R$ 35,10/saca, valor 12,5% acima do valor de abertura, que neste caso era de R$ 31,20/saca.
Vários lotes não despertaram qualquer interesse, caso de produto de Ipiranga do Norte (MT), onde dois dos três lotes colocados à venda, de 783 toneladas e 3,699 mil toneladas, não foram negociados. Também não houve demanda por lote de Tabaporã (MT), de 1,394 mil toneladas.
Até o momento, a Conab não confirmou data para um eventual terceiro leilão de estoques.
Milho balcão
Para garantir o abastecimento de criadores de suínos e aves, o Ministério da Agricultura deverá aumentar o volume de milho balcão disponível por produtor, passando de 6 mil kg para até 27 mil kg ao mês, por um período de pelo menos três meses.
O compromisso do ministério foi reiterado nesta terça após uma reunião entre o secretário de Política Agrícola, André Nassar, e representantes da Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS).
No entanto, Nassar afirmou que ainda é preciso o aval do Conselho Interministerial de Estoques Públicos de Alimentos (Ciep), para que os ministérios da Agricultura, Defesa Agrária, Casa Civil e Fazenda decidam conjuntamente sobre o aumento da oferta de milho balcão.