O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) acompanhou, na noite desta segunda-feira (23) e na madrugada de terça (24), ações de controle no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP) para evitar a entrada da peste suína africana no Brasil. O aeroporto concentra 76% do movimento de passageiros internacionais no país.
Autoridades sanitárias brasileiras estão em alerta depois que casos da doença foram confirmados na República Dominicana, em julho, reconhecendo a chegada da doença ao continente americano. Trata-se do primeiro registro da doença no continente desde a década de 80, quando foi considerada erradicada.
Para a ação no aeroporto, houve apoio da administração do aeroporto, da Receita Federal, da Polícia Federal e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para facilitar a fiscalização de produtos orgânicos, com o menor transtorno aos passageiros. Uma força-tarefa do Mapa está fiscalizando 100% dos passageiros brasileiros vindos da República Dominicana e do Haiti.
“A peste suína africana já ocorreu anteriormente no Brasil e a chegada foi justamente por resíduos de bordo, que foram destinados à alimentação animal”, informou o diretor do Departamento de Serviços Técnicos da Secretaria de Defesa Agropecuária, José Luiz Ravagnani Vargas.
Foi solicitado o apoio de cães farejadores para a localização de produtos orgânicos nas bagagens de forma rápida. De acordo com a pasta, nenhum produto suspeito foi localizado na fiscalização, mas, em ações anteriores, salames vindos da República Dominicana foram apreendidos.
Segundo informações da pasta, a peste suína africana é uma doença viral fatal para os suínos, que acomete tanto suínos domésticos como suídeos asselvajados, que vivem soltos na natureza. “Ela não afeta humanos, mas pode causar prejuízos em função da mortalidade e dos custos do contingenciamento em casos de surtos e bloqueio nas exportações de produtos cárneos de origem suína”, disse o Mapa.