O Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF) registrou um cenário favorável para os produtores rurais em abril, sendo o mais benéfico dos últimos 22 meses.
Com um valor de 0,96, ligeiramente inferior ao mês anterior (0,97), esse indicador revela uma boa relação de troca e rentabilidade para os agricultores.
A queda média de cerca de 7% nos preços dos fertilizantes, principalmente no superfosfato simples, fosfato monoamônico, cloreto de potássio e ureia, foi o principal fator que influenciou o IPCF. Essa redução nos preços ocorreu devido ao adiamento da safra nos hemisférios Norte e Sul.
Por outro lado, as commodities apresentaram um aumento médio de 1,7% em relação a março, refletindo as preocupações do mercado em relação à produção mundial de açúcar.
Países como China, Tailândia, Índia e Europa enfrentaram problemas na produção dessa commodity, enquanto o Brasil aguarda o progresso de sua safra.
No entanto, a entrada da safra recorde de soja no Brasil, as boas perspectivas para a safrinha brasileira e o início do plantio de soja e milho nos Estados Unidos contribuíram para o aumento da oferta de produtos agrícolas no mercado.
O setor agrícola está atento à safra brasileira de grãos e preocupa-se especialmente com a logística de abastecimento, desde os portos até o consumidor final, incluindo plantas fabris.
O IPCF, divulgado mensalmente pela Mosaic Fertilizantes, é calculado com base na relação entre os preços dos fertilizantes e das commodities agrícolas. Quanto menor o índice, mais favorável é a relação de troca. As principais culturas agrícolas consideradas no cálculo são soja, milho, açúcar, etanol e algodão.